Força Aérea salvou mais de quatro mil vidas em 2018
1 de jul. de 2019, 15:40
— Lusa/AO Online
“Em
missões de busca e salvamento realizadas pelas tripulações de alerta,
sediadas nas Lajes, no Montijo, em Beja, em Ovar, ou no Porto Santo,
cobrindo uma área que ultrapassa os cinco milhões de quilómetros
quadrados, traduziram-se num total de mais de 4.100 vidas salvas, das
quais 127 desde o dia 01 de janeiro do corrente ano”, contabilizou o
general Joaquim Nunes Borrego.No ano
passado, o dispositivo da Força Aérea realizou “cerca de 17.500 horas de
voo, expressão máxima do seu produto operacional”, afirmou o CEMFA,
acrescentando que, destas, “cerca de 40% em âmbito operacional, não
raras vezes, noutras latitudes e em terras de outras bandeiras”.Nas
comemorações do 77º aniversário da Força Aérea, em Viseu, presididas
pelo ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, Joaquim Nunes Borrego
considerou ter chegado o momento de refletir sobre quem são e o que têm
feito os militares deste ramo, concluindo de seguida: Somos “uma força
jovem e moderna repleta de história e memória”.Joaquim
Borrego acrescentou ainda que a FA registou “305 missões de evacuações
aero-médicas, desde o início do ano, tantas e tantas vezes efetuadas nas
partes mais longínquas do território nacional, mas também junto das
forças nacionais destacadas, representam, possivelmente, a parte mais
visível e conhecida do esforço diário”.“Estivemos
sempre onde e quando Portugal mais precisou de nós, a FA vive mais em
cada missão de transporte de doentes ou de órgão para transplante que
realizamos, e da qual resulta uma vida salva. A FA vive mais sempre que
regressa, após uma missão de busca e salvamento, é satisfação e ao mesmo
tempo orgulho no cumprir”, congratulou-se.O
general lembrou ainda a presença “nas missões realizadas no âmbito dos
compromissos internacionais e na projeção e emprego de capacidades que
contribuem para a paz no mundo” e, neste sentido, lembrou “o apoio às
forças nacionais destacadas no Iraque, no Afeganistão, na República
Centro Africana e os destacamentos no leste europeu” e ainda nas
operações de resgate em Moçambique, aquando do furacão Idai.O
CEMFA, no seu discurso, referiu ainda a “previsível reorganização do
dispositivo em consequência das alterações decorrentes do projeto de
desenvolvimento do aeroporto complementar de Lisboa e as suas
implicações diretas nas operações e na atividade aérea em geral”.“Assim,
pelos condicionalismos que tal solução terá para a FA e para os seus
militares, estamos já a trabalhar na implementação de medidas que
mitiguem os impactos operacionais, mas também pessoais e familiares, de
forma a alcançar níveis de execução que permitam integrar ambos os eixos
em análise e garantir uma solução global que continue a permitir o
cabal cumprimento das missões atribuídas”, referiu.Joaquim
Borrego aproveitou ainda a cerimónia de aniversário para defender que o
“cabal cumprimento de missões” da FA, missões com outras variantes
militares, com a Polícia Judiciária e outras instituições de segurança
está “intrinsecamente ligado à sustentação de armas” que este ramo opera
e, por isso, defendeu que “é fundamental superar os constrangimentos
verificados nos últimos anos”.