Força Aérea esclarece que análises comprovam “boa qualidade da água”
24 de mar. de 2018, 12:15
— Lusa/AO Online
“O Comando da Zona
Aérea questionou o 65th Air Base Group (65th ABG) sobre a existência e
validade do “2015 Water Drinking Quality Report”. Em resposta, estes
informaram que se trata de um documento interno, cujos resultados não
foram obtidos em laboratório certificado”, refere a Força Aérea em
comunicado.Segundo
o documento, as “análises oficiais, essas sim realizadas em entidades
certificadas, de 2015 até à presente data, comprovam a boa qualidade da
água para consumo”.A
Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos dos Açores
(ERSARA) revelou hoje que vai solicitar esclarecimentos ao comando da
Base Aérea n.º 4, nas Lajes, sobre a qualidade da água fornecida ao
Bairro de Santa Rita.A
medida surge na sequência de uma notícia do jornal Expresso citando um
relatório da Força Aérea norte-americana, que deteta valores de produtos
químicos e metais pesados acima dos limites permitidos na água
fornecida na base das Lajes.O
jornal revela ainda e-mails da Força Aérea Portuguesa (FAP) a
recomendar que os militares e os funcionários portugueses da base das
Lajes não consumissem água sem a ferver, por se encontrar “imprópria
para consumo”.Em
relação aos e-mails enviados pela Força Aérea aos militares e civis da
Base Aérea n.º4, o documento explica que foram 10 e que “não estão
relacionados com a rede de distribuição do 65th ABG”.“A
rede da BA4 e a do 65th ABG são independentes e com pontos de captação
distintos. O envio destes emails deveu-se a uma medida de precaução após
a receção de resultados de análises à qualidade da água, realizadas em
julho de 2017, nas quais foi evidenciada uma contaminação de origem
bacteriana na água distribuída à área edificada sob responsabilidade da
Força Aérea, com origem no interior da própria rede”, esclarece.A
Força Aérea salienta que após a localização e delimitação das áreas
afetadas, a rede sofreu as intervenções necessárias para erradicação da
contaminação.“Após
estas intervenções, a qualidade da água regressou aos padrões normais
de qualidade. Não foi registada qualquer ocorrência do foro sanitário
entre os militares e civis da BA4 decorrente desta situação”, conclui.