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Flexibilização dos despedimentos tem de avançar
O presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP) defendeu hoje que o Governo deverá avançar quanto antes com um modelo de flexibilização dos despedimentos, para salvar as empresas e dinamizar a economia portuguesa, dando um "salto qualitativo".

Autor: Lusa / AO online
"É duro dizer isto, mas são necessarias medidas drásticas", sublinhou Ludgero Marques, aos jornalistas, no final da reunião do conselho geral da AEP, que discutiu hoje a situação economica de Portugal.

Para o empresário, se o país quer ter uma parceria que aposte nos parceiros necessita de dar este salto qualitativo porque senão o que os empresários estão a fazer é "aguentar os trabalhadores" durante o tempo que for necessário.

A AEP defendeu ainda que o Orçamento de Estado para 2008 deve contemplar a redução, em termos reais, da despesa corrente primária, e o desagravamento da carga fiscal sobre os contribuintes cumpridores.

"É preciso transmitir confiança aos agentes económicos e que o governo mostre que é amigo e não apenas um gestor de recursos", defendeu Ludgero Marques.

"É preciso também que o governo saiba provocar a economia. Se os agentes económicos não forem provocados corremos o risco de os empresários não aguentarem porque a competitividade internacional é grande e as taxas [IVA e IRC] são mais uma despesa", acrescentou o presidente da AEP.