Fisco vai perder mais de 2 mil funcionários para a reforma até 2025
21 de nov. de 2023, 11:19
— Lusa/AO Online
A
previsão do número de saídas por aposentação consta do Plano
Estratégico da AT para o período 2023-2025, agora divulgado
publicamente, e leva a AT a apontar a "idade média elevada" dos seus
trabalhadores e a carência de pessoas com competências em novas áreas de
conhecimento entre os "pontos fracos" que identifica no horizonte.Numa
análise à evolução dos seus recursos humanos para o período 2023 a
2025, a AT espera que um total de 2.020 trabalhadores se reformem até
lá, sendo que esta estimativa é feita no pressuposto de que estes
trabalhadores apenas vão deixar a vida ativa quando atingirem a idade
legal da reforma.Naquele total, que
corresponde a 19% dos funcionários da entidade liderada por Helena
Borges, há 385 pessoas que ocupam cargos de chefia, ou seja, são cerca
de um quarto das chefias da AT. Por outro lado, a maioria dos que se vão
aposentar até 2025 são mulheres (1.259) e 761 são homens. O
documento detalha que dos 341 trabalhadores dos serviços centrais que
vão sair até 2025, mais de metade (55%) é das áreas da inspeção
tributária e aduaneira, incluindo a Unidade de Grandes Contribuintes
(UCG), recursos financeiros, património e sistemas de informação.Ciente
da necessidade de se continuarem a aproveitar as oportunidades trazidas
pelas novas tecnologias, a AT lembra também o outro lado desta
evolução, salientando que o crescimento da economia digital traz
desafios acrescidos para as autoridades fiscais e aduaneiras,
colocando-a entre as principais ameaças que identifica, a par do aumento
da complexidade da fraude e da evasão fiscal ou do aumento dos níveis
de ameaça em termos de segurança informática."A
par com os crescentes níveis de exigência, a organização debate-se com a
necessidade de rejuvenescimento e de reforço do seu capital humano, em
resultado das fortes restrições que, em matéria de recrutamento,
impendem, há vários anos, sobre a administração pública, com impacto na
necessária partilha do conhecimento entre as várias gerações de
trabalhadores e as competências que cada um deles mais fortemente
evidencia", refere o relatório que coloca entre a sua estratégia a
atração e retenção dos seus recursos humanos.