Financiamento do ensino superior já terá como referência novo modelo no OE2024
19 de jul. de 2023, 10:18
— Lusa/AO Online
“Foi já reconhecido que o
atual modelo de financiamento das instituições de ensino superior carece
de revisão e atualização e esse trabalho está a ser desenvolvido”,
disse Elvira Fortunato, que está a ser ouvida em audição regimental pela
comissão parlamentar de Educação e Ciência.Apesar
de não estar ainda concluído, a ministra adiantou que as dotações
orçamentais do próximo ano, no âmbito do Orçamento do Estado para 2024,
serão distribuídas tendo como referência o novo modelo.“A
nossa prioridade é o reforço do financiamento de todas as instituições
de ensino superior”, sublinhou, recordando que algumas instituições têm
vindo a ser prejudicadas pela não aplicação da fórmula de cálculo
atualmente em vigor.“O novo modelo
pretende ser mais transparente e contribuir para um sistema mais
eficiente, mais coeso e mais robusto”, acrescentou.Sobre
o tema, o secretário de Estado do Ensino Superior disse ainda, em
resposta ao deputado social-democrata António Topa Gomes, que está
prevista uma correção gradual das assimetrias decorrentes do
financiamento nos últimos anos, de forma a assegurar o equilíbrio entre
as instituições e o reforço do sistema de ensino superior.Pedro
Teixeira adiantou ainda que, no âmbito da revisão do modelo de
financiamento, será proposto um roteiro de dimensões de desenvolvimento
estratégico às universidades e institutos politécnicos. A ideia é que
cada instituição eleja um conjunto de prioridades e, assumindo que nem
todas consigam fazê-lo na mesma medida, contribuam para o
desenvolvimento estratégico do sistema.Na
sua intervenção inicial, a ministra adiantou ainda que o processo
público e participado de avaliação do Regime Jurídico das Instituições
de Ensino Superior ficará concluído este mês, mas as conclusões só serão
apresentadas no final do ano.A governante
fez também um balanço do Plano Nacional para o Alojamento no Ensino
Superior, referindo que dos 17 projetos em curso, nove deverão ficar
concluídos nos primeiros meses do ano letivo, totalizando 1.025 camas, a
maioria das quais (mais de 600) em Lisboa.Até
ao final do próximo ano, deverão ficar concluídas outras oito
residências universitárias, que representam um acréscimo de 1.142 camas.