Final da contagem confirma segunda volta entre Dilma e Aécio

6 de out. de 2014, 08:39 — Lusa/AO online

  Aécio Neves recolheu 33,55% dos votos, constituindo-se como a surpresa da noite eleitoral ao obter um apoio significativamente maior do que mostravam as sondagens de intenção de voto dos últimos meses. Em segundo lugar nas sondagens, a ambientalista Marina Silva, do Partido Socialista Brasileiro (PSB), foi afastada da corrida com o terceiro lugar nas eleições, ou 21,32% dos votos, pouco acima dos 19% somados em 2010. Distantes dos três primeiros candidatos, a esquerdista Luciana Genro, do Partido Socialismo e Liberdade (Psol), somou 1,55% dos votos válidos, enquanto os demais registaram menos de 1% cada um. O resultado oficial, divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com a totalidade das urnas apuradas, confirma o cenário para a segunda volta que já tinha sido revelado no final da noite de domingo no Brasil (madrugada de hoje em Lisboa), quando os principais candidatos se pronunciaram. A previsão agora é de que tanto o Partido dos Trabalhadores (PT), de centro-esquerda, da Presidente Dilma Rousseff, quanto o centro-direita Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), de Aécio Neves, tentem uma aproximação com Marina Silva, para cativar os seus votos. Em declarações após a divulgação dos resultados Marina Silva não se vinculou com nenhum dos candidatos, mas disse que os brasileiros "já deixaram claro" que querem mudanças. A disputa entre PT e PSDB é uma constante no cenário da política brasileira, e irá repetir um duelo idêntico aos de 2002, 2006 e 20109. As eleições de domingo definiram ainda novos governadores para os estados, além de deputados federais, estaduais e senadores. Entre os 27 estados brasileiros, 13 definiram seus governadores na primeira volta, incluindo São Paulo, onde o atual governador, Geraldo Alckmin, foi reeleito com 57,31% dos votos; e Minas Gerais, que elegeu o ex-ministro Fernando Pimentel, do Partido dos Trabalhares (PT), com 52,98%. Outros 14 estados terão de realizar uma segunda volta para definir seus novos líderes, incluindo o Rio de Janeiro e o Distrito Federal.