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NASA
Fim programa vaivéns alimenta receios nos EUA de perda de liderança espacial
O fim do programa de vaivéns da NASA, com o lançamento do Atlantis na sexta-feira, foi apresentado por Barack Obama como um “novo capítulo” na exploração espacial, mas muitos temem que traga a perda da liderança norte-americana no Espaço.

Autor: Lusa/AO online
O administrador da NASA, Charles Bolden, tem-se desdobrado em intervenções nas últimas semanas para contrariar vozes que, dentro e fora da agência espacial, criticam a falta de objectivos claros e perda de capacidades, numa altura em que países emergentes investem fortemente nos seus programas espaciais, com a China à frente.

“Alguns dizem que a nossa última missão de vaivém marca o fim dos 50 anos de domínio norte-americano no voo especial humano. Mas estou aqui para vos dizer que a liderança norte-americana vai continuar”, disse Bolden, ex-astronauta, num encontro com a imprensa na sexta-feira.

Obama “incumbiu-nos de levar a cabo as missões inspiradoras que só a NASA pode fazer, e que vão levar-nos mais longe do que alguma vez fomos. Até à órbita de Marte e, eventualmente, aterrar no planeta. Pediu-nos para começarmos a planear uma missão a um asteróide”, adiantou.

Mas o desenvolvimento de um novo vaivém capaz de alcançar o espaço profundo está a mais de uma década de distância e, por agora, o transporte até à órbita inferior da Terra e Estação Espacial Internacional será entregue a privados, como a Boeing, que ainda estão a desenvolver os seus próprios programas, e aos ‘Soyuz’ russos.

Espera-se em breve um anúncio concreto da NASA sobre o programa sucessor dos vaivéns, o Space Launch System, em particular dos seus objectivos e custos.

Muitos temem que, durante este período de relativa indefinição, a agência sofra uma fuga de cérebros, conforme noticiou segunda-feira o New York Times.