Fim da ADSE é "disparate" e intenção dos privados é "tática negocial"
26 de jan. de 2018, 12:35
— Lusa/AO online
“Não
vamos ser tremendistas, nem comentar tática negocial”, disse Adalberto
Campos Fernandes aos jornalistas, à margem das XXI Jornadas de
Infecciologia que decorrem em Lisboa.O
ministro falava a propósito da nova tabela de preços com que a ADSE
pretende pagar os serviços prestados pelos prestadores convencionados, a
qual os privados já consideraram “incomportável”.Em
entrevista à agência Lusa, o presidente da Associação Portuguesa de
Hospitalização Privada (APHP), Óscar Gaspar, revelou que estas unidades
de saúde estão a estudar uma forma de os beneficiários da ADSE
continuarem a ter acesso aos serviços, nas mesmas condições, mas sem ser
através do subsistema de saúde dos funcionários públicos.Segundo
Óscar Gaspar, “pode haver soluções que permitam, ainda que não no
regime convencionado, que os mesmos beneficiários tenham acesso à rede”.“Estamos
a procurar soluções que permitem que os beneficiários da ADSE continuem
a poder ter acesso, nas mesmas condições, aos nossos hospitais”,
sublinhou.Confrontado
com esta ideia, o ministro disse não encontrar razões para comentar:
“Francamente, parece-me que se trata de tática negocial. Só poderemos
avaliar o que acontece no final de fevereiro e ver o que está em cima da
mesa em termos de negociação”, disse.“Alguns
agentes, incompreensivelmente, procuram fazer a negociação pelos
jornais. não é correto, não faz sentido, mas é um direito que lhes
assiste”, adiantou.