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Filme de Teresa Prata escolhido para competir em festivais internacionais
O filme “Terra Sonâmbula”, realizado por Teresa Prata, foi seleccionado para competir no Pune International Film Festival, que começa esta quinta-feira na Índia, e no Bird’s Eye Film Festival de Londres, dedicado ao cinema realizado por mulheres previsto para Março.

Autor: Lusa / AO online
De acordo com o Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA), o festival de Pune decorre até 17 de Janeiro e o festival de Londres decorrerá entre os dias 6 e 13 de Março.

A primeira longa-metragem da realizadora, "Terra Sonâmbula", conquistou em Dezembro do ano passado o Prémio da Federação Internacional da Crítica de Cinema no Festival Internacional de Cinema que decorreu em Kerala, na Índia.

Na altura, o júri do festival considerou o filme “um emocionante e comovente conto dentro de um conto (...), uma festa para os sentidos merecedora de reconhecimento no futuro”. 

Depois da estreia absoluta a 27 de Agosto de 2007, no Festival de Cinema de Montreal (Canadá), "Terra Sonâmbula" estreou-se na Europa em Outubro, no Festival Internacional de Cinema de Mannheim-Heidelberg (Alemanha).

A cineasta, formada em argumento e realização pela Deutsche Film und Fernsehakademie Berlin (Academia de Cinema e Televisão de Berlim), é também autora das curtas-metragens "Uma Questão de Vida ou Morte" (1994), "Mil Olhos, O Sonhador do Oeste"(1996), "Leopoldo" (1999) e "Partem tão Tristes, os Tristes" (1999).

"Terra Sonâmbula" é uma co-produção portuguesa (Filmes do Fundo), alemã (ZDF/ARTE), e moçambicana (ÉbanoMultimédia), com o apoio do Ministério da Cultura, através do Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA), da RTP e do Instituto Camões.

O filme, que conta a história de Muidinga, um menino moçambicano que procura a família em plena guerra civil, só tem dois actores profissionais no elenco, a moçambicana Ana Magaia e a portuguesa Laura Soveral.

Os restantes actores, incluindo o menino de 12 anos que protagoniza Muidinga (Niko Lauro Teresa), são amadores que responderam a anúncios colocados pela realizadora em jornais e na televisão moçambicanos.

A realizadora, que passou a infância em Moçambique e a adolescência no Brasil, leu o livro de Mia Couto quando estudava em Berlim e achou a história "maravilhosa e fantástica", decidindo passá-la ao cinema, com o consentimento do escritor, que quando visionou a longa-metragem gostou da adaptação feita.