Autor: Lusa/AO Online
Além de Weah, estarão no painel Emmanuel Adebayor (Togo), Mercy Akide (Nigéria), Iván Córdoba (Colômbia), Didier Drogba (Costa do Marfim), Khalilou Fadiga (Senegal), Formiga (Brasil), Jessica Houara (França), Maiana Jackman (Nova Zelândia), Sun Jihai (China), Blaise Matuidi (França), Aya Miyama (Japão), Lotta Schelin (Suécia), Briana Scurry (Estados Unidos), Mikaël Silvestre (França) e Juan Pablo Sorín (Argentina).
Segundo a FIFA, a missão do painel consiste em integrar o posicionamento global contra o racismo, monitorar e dar suporte a estratégias de combate ao racismo, empenhar-se em iniciativas educacionais e contribuir com reformas.
Os membros terão ainda a missão de oferecer suporte a iniciativas de combate ao racismo e fortalecer a campanha 'Não ao Racismo', através da partilha das suas próprias experiências.
O painel é criado no âmbito do Pilar 5 do Posicionamento Global contra o Racismo, aprovado por unanimidade pelas 211 federações da FIFA, no congresso de Banguecoque, em maio do ano passado.
"As federações deixaram claro que o mundo está unido contra o flagelo do racismo no nosso jogo. Como parte disso, e pela primeira vez, teremos jogadores no centro do movimento necessário para transformar essa mudança em realidade", disse o presidente da FIFA, Gianni Infantino.
"Temos muita sorte em contar com indivíduos tão apaixonados e proeminentes, cada um trazendo consigo experiências únicas e individuais.", acrescentou, na apresentação do painel.
Segundo Infantino, os 16 membros do painel "vão contribuir com a educação em todos os níveis do desporto e incentivar novas ideias para uma mudança duradoura”.
“Eles continuarão a pressionar para uma mudança na cultura do futebol, garantindo que as medidas para combater o racismo não sejam apenas discutidas, mas também colocadas em prática, tanto dentro quanto fora dos campos.", disse ainda.
Os cinco pilares projetados pela FIFA são: Regras e sanções (1), Medidas em campo (2), Denúncias criminais (3), Educação (4), Opinião dos jogadores (5).
A FIFA tem vindo a implementar esses cinco pilares, nomeadamente com a atualização do seu Código Disciplinar, que inclui multas mais altas e maior responsabilização. Jogadores e árbitros podem agora auxiliar na identificação dos responsáveis por abusos racistas.
Com o objetivo de assegurar a aplicação uniforme, todas as federações-membro da FIFA têm de adaptar as suas normas disciplinares aos princípios gerais do CDF.
Enquanto isso, o Serviço de Proteção nas Redes Sociais da FIFA promove a troca de pacotes de provas após a conclusão dos torneios, para auxiliar em eventuais processos judiciais em nível nacional. Até o momento, mais de cem pacotes foram distribuídos, enquanto o serviço analisou 33 milhões de publicações e comentários em mais de 15 mil contas das redes sociais.
Como
parte das campanhas "Não ao Racismo" e "Não à Discriminação", a FIFA
compartilha materiais educativos com jogadores, treinadores, árbitros e
adeptos, e planeia lançar ainda este ano uma ferramenta de e-learning
completa para as federações-membro.