Festival Walk&Talk cresce "agregando" território e pessoas nos Açores, diz Ministra da Cultura

14 de jul. de 2019, 01:09 — AO Online/ Lusa

Graça Fonseca declarou aos jornalistas, em Ponta Delgada, que já visitou várias galerias e espaços de exposição que “não existiam antes” do festival, sendo este um “bom exemplo de impacto territorial”.A titular da pasta da Cultura sublinhou a forma como nasceu o festival, em 2011, em “plena crise” e numa altura “muito complicada” no país, com uma abordagem de arte pública, tendo vindo a crescer abrangendo várias artes, desde o cinema ao teatro, passando pela música, artes visuais, e agregando mais parceiros.Apoiado pela autarquia de Ponta Delgada, Governos Regional e da República, o festival Walk&Talk pode, para a ministra, “exportar cultura e importar pessoas e públicos”, sendo uma iniciativa de “impacto internacional, projetando os Açores”.Afirmando que já há pessoas que surgem em Ponta Delgada para participar no festival, Graça Fonseca considerou ser “evidente e natural o caminho para a internacionalização dos próprios artistas, curadores e coletivo”.A nona edição do festival concretiza-se "em diferentes circuitos, desde o circuito de ilha", com "instalações e projetos, que acontecem por toda a ilha de São Miguel", a "um circuito de exposições que ocupa diferentes lugares da cidade de Ponta Delgada", explicou Jesse James, organizador do evento.O programa não esquece "um circuito performativo, com música e dança e performance, que também ocupa uma série de lugares na cidade e na ilha", a par de "um programa de residências artísticas, que, no fundo, alimenta todos os projetos que são apresentados no contexto do festival", acrescentou.O circuito de ilha, com curadoria do coletivo de design multidisciplinar The Decorators, conta com instalações dos artistas Prem Sahib, Rain Wu, Inês Neto dos Santos, Clementine Keith-Roach, Practice Architecture e Pedro Lino.O circuito de exposições, com curadoria de Sérgio Fazenda Rodrigues, reúne as propostas de Olivier Nottelet, Gonçalo Preto, Maria Trabulo, Rita GT, Andreia Santana, Mónica de Miranda, Diana Vidrascu e Miguel C. Tavares & José Alberto Gomes e Madalena Correia.A aposta do ano passado, de criar um pavilhão de apoio a todo o festival, no Largo do Teatro Micaelense, vai manter-se para as próximas edições, com uma estrutura em madeira de criptoméria.Este ano, o espaço é desenhado pelo Coletivo Artwork & GA Studio, e é inspirado na ideia do capote.