Festival Tremor promove atividades para crianças com o Mini-Tremor
4 de abr. de 2019, 11:48
— LUSA/AO Online
O
espaço, também ele multidisciplinar, alia-se ao festival Tremor para
oferecer aos mais novos atividades que vão desde as artes plásticas à
dança, passando pela música, com concertos e oficinas.À
agência Lusa, a diretora criativa do Estúdio 13, Maria João Gouveia,
explicou que o programa inclui uma série de atividades que se espalham
por todo o espaço, “desde a ocupação da receção e espaços comuns com
murais para os miúdos pintarem e atividades de artes plásticas”, até aos
estúdios onde vão acontecer aulas, “que acontecem regularmente durante o
ano no estúdio, mas que serão feitas especialmente para este dias e
para este público”.As aulas são gratuitas,
“os pais têm é que chegar e virem confortáveis, para depois poderem
participar”, explicou a bailarina e coreógrafa, acrescentando que as
atividades passam por aulas de dança de pais e filhos, para menores de
três anos, e aulas de dança criativa, para crianças com mais de três
anos.Estará patente uma instalação
intitulada “Água”, uma “experiência sensorial baseada nos vários estados
químicos da água, com recurso a vídeo, dança e materiais diversos” e
que antecipa o espetáculo promovido pelo Estúdio 13, que acontece no dia
27 de abril.A 'blackbox' do espaço acolhe
o 'workshop' Tinido Toada Zoada, com Samuel Martins Coelho, em que será
desenvolvida uma orquestra de panelas, cujo resultado será apresentado
durante a tarde.Há espaço, ainda, para uma
minidisco, com um ‘set’ do DJ Milhafrinho, porque “não são só os pais
que gostam, as crianças também vão ter direito à mini-discoteca”, e para
um concerto dos Free Love, “uma banda que vem também para o Tremor, mas
que irá fazer aqui [no Estúdio 13] um apontamento específico para
crianças”.As atividades são gratuitas e estão abertas a todo o público, mesmo para quem não tem ingresso para o festival.Maria
João Gouveia confessa que esta é “uma atividade completamente
diferente” das que geralmente promovem, mas “é muito importante começar a
despertar as crianças para essas áreas e para estas atividades”.“Queríamos
uma maior variedade, também de forma a que as pessoas usassem o espaço,
que o espaço fosse utilizado na sua plenitude, oferecendo, não só as
infraestruturas, mas também aquilo que acontece durante o ano, daí a
inclusão das nossas aulas e a instalação, que tem a ver com o nosso
espetáculo, que depois será apresentado aqui também”, afirmou.O Estúdio 13 funciona desde setembro de 2018, com atividades para todas as idades.“O
estúdio tem três vertentes: é uma produtora de audiovisuais, uma escola
de artes performativas e tem a vertente da ‘blackbox’, para a
apresentação de espetáculos, ‘workshops’, residências artísticas”, que
também funciona como estúdio de gravação para a produtora.A
oferta passa, também, por aulas de dança inclusiva, para pessoas com
deficiências físicas, mentais e cognitivas, um trabalho que considera
essencial para “mostrar que não há limites, não há imposições, que a
arte é para todos”. “Este é um dos
fundamentos do estúdio, que a arte é para todos: não há idade, não há
género, não há limitações. Queremos que as pessoas participem e que
vejam e que estejam cá”, afirmou a diretora criativa do espaço.O
Mini-Tremor faz parte do programa do festival Tremor, que acontece na
próxima semana, em diversos locais da ilha de São Miguel, e que conta
com uma extensão a Santa Maria.