Festival Tremor dá início à 10.ª edição com lotação esgotada
28 de mar. de 2023, 07:19
— Lusa/AO Online
“Esta
edição número 10 é para celebrar com toda a gente. Considero que há uns
Açores antes do Tremor e uns Açores após Tremor. O Tremor veio mexer
com isto tudo”, afirmou à agência Lusa, dias antes do início, Luís
Banrezes, da organização.Dez anos depois,
Banrezes reconhece que “existe uma outra responsabilidade” por parte dos
organizadores, mas assegura que a “essência” do festival está
“garantida”, uma vez que se “mantém a luta em percorrer territórios
desconhecidos” na região.A edição deste
ano, que já está esgotada, conta com 37 artistas, entre bandas,
produtores e DJ, e vai incluir concertos em salas, “atuações surpresa” e
espetáculos na natureza.Alfredo, Angel
Bat Dawid, Cobrafuma, Bia Maria, Pongo, Tramhaus, Unsafe Space Garden,
Vaiapraia, ZA!, Fado Bicha, Divide and Dissolve, Chima Isaaro, Dame Área
ou Verde Prato são alguns dos nomes que vão marcar presença no
festival.Entre “artistas emergentes” e uma
“série de atividades para explorar a relação com comunidade e a
natureza”, o Tremor quer “continuar a trazer coisas novas aos Açores”,
segundo a organização.“Não quisemos fazer
uma edição saudosista, mas queremos sim pensar no futuro. Criámos este
alinhamento e estas residências criativas a pensar justamente em trazer
novamente coisas novas aos Açores para que as pessoas se possam
surpreender”, realçou.Integrado no
festival vai decorrer ainda o Míni-Tremor, dedicado ao público mais
jovem, e a iniciativa Receitas do Baú, que vai permitir aos
festivaleiros terem uma refeição tradicional com a comunidade de Rabo de
Peixe.O Tremor conta também com sete
residências artísticas, sendo que uma delas vai resultar no novo
espetáculo dos Som.Sim.Zero, criado a partir do trabalho entre os
ondamarela, a Associação de Surdos de São Miguel e a Escola de Música de
Rabo de Peixe.Luís Banrezes, que faz
parte da organização desde a primeira edição, promete que o festival
açoriano vai “continuar a arriscar” e a “envolver-se com a comunidade”.“O
Tremor, desde a primeira edição, sempre teve a preocupação de arriscar e
fazer diferente. Procuramos sempre olhar para a comunidade e perceber
como é que a podemos melhorar, seja nas condições sociais, seja na parte
de inclusão”, concluiu.O festival vai decorrer até 01 de abril e vai ter palcos nas cidades de Ponta Delgada e Ribeira Grande.