Festival tem regresso marcado para 2024

Rock in Rio

27 de jun. de 2022, 09:19 — Lusa/AO Online

“A próxima edição é em 2024. O protocolo com a Câmara [Municipal de Lisboa] é para duas edições – esta de 2022 e de 2024”, novamente no Parque da Bela Vista, onde o festival acontece, de dois em dois anos, desde 2004, disse Roberta Medina à Lusa, entre concertos, na ‘cidade do rock’.A edição que hoje termina deveria ter acontecido em 2020, mas acabou por ser adiada devido à pandemia da covid-19, fazendo com que o público tivesse de esperar quatro anos, em vez dos habituais dois, para voltar ao festival.Ao longo de quatro dias, segundo a organização, a ‘cidade do rock’ recebeu cerca de 287 mil pessoas: 74 mil no dia 18 de junho, 63 mil no dia 19, 70 mil no sábado e 80 mil hoje, o único com lotação esgotada.Segundo Roberta Medina, sessenta mil dos bilhetes usados este ano tinham sido vendidos para a edição de 2020. Do total de bilhetes vendidos, 9% foram reembolsados, tendo em conta os adiamentos de 2020 e 2021 e o cancelamento do concerto dos Foo Fighters, cabeças de cartaz do primeiro dia, que acabaram por ser substituídos pelos Muse.Há ainda a registar um aumento do número de bilhetes vendidos no estrangeiro, totalizando “pelo menos 20 mil ingressos vendidos para 39 países diferentes”.Roberta Medina justifica este aumento de vendas com o facto de a organização estar a trabalhar “mais internacionalmente”. “Quando a gente veio [para Portugal] a pergunta era ‘porquê Lisboa?’ Hoje, Lisboa é um ativo do festival”, afirmou.Segundo a diretora do Rock in Rio Lisboa, além de o protocolo com a autarquia da capital garantir o regresso em 2024, está também assinado um acordo com o patrocinador principal deste ano, a empresa Galp, que prevê mais uma edição.Em relação à edição que hoje termina, afetada pela pandemia da covid-19 e pela guerra na Ucrânia, Roberta Medina confidenciou que “o desafio foi antecipar o planeamento”.“A nossa preocupação era todo o impacto de logística que o mundo estava a viver por causa da pandemia. Começámos a fechar os contratos em novembro. Os fornecedores entregaram com antecedência. […] O patrocínio cresceu e eu acho que é uma coisa de um projeto sólido, que dá confiança às marcas em horas difíceis”, disse.Na 9.ª edição, o orçamento, que inclui permutas e contrapartidas, foi de 25 milhões de euros, valor “parecido” com as anteriores.Sobre o impacto financeiro do festival, Roberta Medina remeteu para dados de 2008, referindo ser de 63 milhões de euros.O 9.º Rock in Rio termina hoje com lotação esgotada.As portas da ‘cidade do rock’, no Parque da Bela Vista, abriram às 12:00 e encerram às 02:00 de segunda-feira.Hoje, no Palco Mundo, o maior dos vários palcos do festival, já atuaram HMB e Jason Derulo, faltando ainda as ‘estrelas’ mais aguardadas: Post Malone e Anitta.O último dia de Rock in Rio Lisboa fica também marcado pela greve de 24 horas dos trabalhadores do Metropolitano de Lisboa, que levou a organização do festival a criar, em conjunto com a Câmara Municipal de Lisboa, “mais parques de estacionamento com ‘shuttle’ direto para o recinto”.Além da música, o Rock in Rio Lisboa tem várias diversões, como a roda gigante, o slide e as ‘pool parties’ (festas na piscina), e por todo o recinto são distribuídos uma série de brindes, pelas marcas que patrocinam o festival, que vão de chapéus, a sofás insufláveis, passando por queijos ou preservativos.