“A próxima
edição é em 2024. O protocolo com a Câmara [Municipal de Lisboa] é para
duas edições – esta de 2022 e de 2024”, novamente no Parque da Bela
Vista, onde o festival acontece, de dois em dois anos, desde 2004, disse
Roberta Medina à Lusa, entre concertos, na ‘cidade do rock’.A
edição que hoje termina deveria ter acontecido em 2020, mas acabou por
ser adiada devido à pandemia da covid-19, fazendo com que o público
tivesse de esperar quatro anos, em vez dos habituais dois, para voltar
ao festival.Ao
longo de quatro dias, segundo a organização, a ‘cidade do rock’ recebeu
cerca de 287 mil pessoas: 74 mil no dia 18 de junho, 63 mil no dia 19,
70 mil no sábado e 80 mil hoje, o único com lotação esgotada.Segundo
Roberta Medina, sessenta mil dos bilhetes usados este ano tinham sido
vendidos para a edição de 2020. Do total de bilhetes vendidos, 9% foram
reembolsados, tendo em conta os adiamentos de 2020 e 2021 e o
cancelamento do concerto dos Foo Fighters, cabeças de cartaz do primeiro
dia, que acabaram por ser substituídos pelos Muse.Há
ainda a registar um aumento do número de bilhetes vendidos no
estrangeiro, totalizando “pelo menos 20 mil ingressos vendidos para 39
países diferentes”.Roberta
Medina justifica este aumento de vendas com o facto de a organização
estar a trabalhar “mais internacionalmente”. “Quando a gente veio [para
Portugal] a pergunta era ‘porquê Lisboa?’ Hoje, Lisboa é um ativo do
festival”, afirmou.Segundo
a diretora do Rock in Rio Lisboa, além de o protocolo com a autarquia
da capital garantir o regresso em 2024, está também assinado um acordo
com o patrocinador principal deste ano, a empresa Galp, que prevê mais
uma edição.Em
relação à edição que hoje termina, afetada pela pandemia da covid-19 e
pela guerra na Ucrânia, Roberta Medina confidenciou que “o desafio foi
antecipar o planeamento”.“A
nossa preocupação era todo o impacto de logística que o mundo estava a
viver por causa da pandemia. Começámos a fechar os contratos em
novembro. Os fornecedores entregaram com antecedência. […] O patrocínio
cresceu e eu acho que é uma coisa de um projeto sólido, que dá confiança
às marcas em horas difíceis”, disse.Na
9.ª edição, o orçamento, que inclui permutas e contrapartidas, foi de
25 milhões de euros, valor “parecido” com as anteriores.Sobre o impacto financeiro do festival, Roberta Medina remeteu para dados de 2008, referindo ser de 63 milhões de euros.O 9.º Rock in Rio termina hoje com lotação esgotada.As portas da ‘cidade do rock’, no Parque da Bela Vista, abriram às 12:00 e encerram às 02:00 de segunda-feira.Hoje,
no Palco Mundo, o maior dos vários palcos do festival, já atuaram HMB e
Jason Derulo, faltando ainda as ‘estrelas’ mais aguardadas: Post Malone
e Anitta.O
último dia de Rock in Rio Lisboa fica também marcado pela greve de 24
horas dos trabalhadores do Metropolitano de Lisboa, que levou a
organização do festival a criar, em conjunto com a Câmara Municipal de
Lisboa, “mais parques de estacionamento com ‘shuttle’ direto para o
recinto”.Além
da música, o Rock in Rio Lisboa tem várias diversões, como a roda
gigante, o slide e as ‘pool parties’ (festas na piscina), e por todo o
recinto são distribuídos uma série de brindes, pelas marcas que
patrocinam o festival, que vão de chapéus, a sofás insufláveis, passando
por queijos ou preservativos.