Festival Maré de Agosto começa esta quinta-feira na Praia Formosa
23 de ago. de 2018, 08:00
— Susete Rodrigues/Lusa/AO Online
À
semelhança das restantes edições, o festival nacional mais antigo em
continuidade aposta numa programação de qualidade, que conta com bandas
de vários países e géneros musicais, do ‘hip-hop’ ao ‘reggae’, passando
pelo fado, trance e eletrónica. Entre
23 e 25 de agosto, a Praia Formosa vai ser palco para nomes conhecidos
do público português, como Camané, Linda Martini ou Groundation, mas
também para novidades como a ‘rapper’ sueca Yarah Bravo, em estreia
absoluta em Portugal, a abrir o festival.À atuação de Yarah Bravo, na quinta-feira, segue-se Djeli Moussa Condé e
Groundation, e o encerramento, que estava programado para os
australianos Oka, que tiveram que cancelar a vinda por motivos de saúde,
fica agora a cargo dos Octa Push.Também
na sexta-feira, dia em que sobem a palco Camané, Orlando Julius &
The Heliocentrics e os marienses Ronda da Madrugada, o ‘live-set’ de
Loopido foi substituído por Magupi & Peter Xenoben.O
alinhamento do último dia do festival mantém-se inalterado, com os
portugueses Linda Martini a abrirem a noite, que se prevê de festa, com
Terrakota, Dubioza Kolektiv e Olive Tree Dance.Como
já é tradição, pelo certame passam diversos estilos musicais, de
diversos pontos do mundo. Muito
do encanto do evento passa, também, pelo ambiente em que se insere, na Praia Formosa, que lhe confere uma identidade singular, tendo
sido reconhecido pela nomeação do festival nas categorias de “Best
Camping Site” e “Best Hosting & Reception” pelos Iberian Festival
Awards, uma distinção que enche a organização de orgulho.Para
a direção, “é um motivo de orgulho trazer a Portugal projetos que nunca
cá estiveram, apesar de que o nosso foco é trazer à Maré projetos que
nunca estiveram nos Açores, acima de tudo. A grande parte das pessoas
que cá vêm são açorianos, e o nosso público-alvo serão sempre os
açorianos.”Os
34 anos de existência do festival deixaram um impacto na ilha, acredita
Pepe Brix, sublinhando que “a Maré foi ao longo dos anos, e ainda é
hoje, uma influência enorme para os mais aficionados pela música”. O
diretor artístico acredita que essa influência se deve ao facto de “o
festival não ter só uma componente de entretenimento, mas também uma
componente didática, até porque, uma das coisas em que o festival,
durante muitos anos, em muitas edições, apostou foi também na elaboração
de ‘workshops’ com os músicos que cá vinham. E tudo isso foi,
obviamente, aumentando o gosto que os marienses têm pela música”.Exemplo
disso são os Ronda da Madrugada, uma banda de Folk Rock mariense, que
celebra este ano 20 anos de carreira com um álbum ao vivo que será, em
parte, gravado durante o concerto marcado para dia 24 de agosto.