Festival +Jazz regressa a Angra do Heroísmo depois de dois anos de interregno
6 de mai. de 2022, 16:55
— Lusa/AO Online
“A
edição deste ano, sob a curadoria da Porta-Jazz, da cidade do Porto,
traz ao palco mais icónico da cidade de Angra uma seleção de bandas
compostas por jovens promessas do jazz nacional”, adiantou em
comunicado de imprensa, Daniela Silveira, fundadora da Associação
Regional para a Promoção e Gestão Cultural (Get Art), que organiza o
evento.Gil Silva, 239 Diagonal, AP
Quarteto e a dupla Joana Raquel e Miguel Meirinhos são os nomes que
integram a nona edição do festival, que decorre no Teatro Angrense, na
ilha Terceira, depois de dois anos de paragem, devido à pandemia de
covid-19.O +Jazz arranca no dia 27 com os 293 Diagonal, de Joana Raquel (voz) e Daniel Sousa (saxofone).Segundo
Daniela Silveira, a dupla cria “um intervalo espontâneo, sensível ao
detalhe acústico dos seus instrumentos”, e "o som molda-se
arbitrariamente enquanto expõe as particularidades, semelhanças e
diferenças de cada um". "Através de uma
abordagem pouco convencional querem criar imagens com ideias geométricas
e canções de mãos dadas com a sua narrativa”, realça.No primeiro dia do festival, atua ainda o trombonista Gil Silva, que apresenta o projeto “Árvore”.“Músico
valioso da nova geração do jazz nacional”, o trombonista junta neste
projeto “novos valores, como o saxofonista Daniel Sousa, o pianista
Miguel Meirinhos, a contrabaixista Yudit Vidal e o baterista Gonçalo
Ribeiro", descreve a organização.No dia
28, sobe ao palco do Teatro Angrense o AP Quarteto, do guitarrista e
compositor António Pedro Neves (AP), “um valor seguro e estabelecido no
meio do jazz nacional”.O músico
apresenta-se com o seu novo quarteto “numa experiência musical que
explora a simplicidade melódica, ambientes e texturas contrastantes, o
‘groove’ e a improvisação livre, numa demanda musical que visa sempre
alcançar a frescura e a imprevisibilidade”.O
festival encerra com a apresentação do álbum Ninhos da cantora Joana
Raquel e do pianista Miguel Meirinhos, dois “jovens e talentosos músicos
que se vão revelando cada vez mais um exemplo das novas referências
musicais da cidade do Porto”.A dupla conta ainda com a colaboração do contrabaixista Demian Cabaud e do baterista João Cardita.A
parceria entre a Get Art e a Porta-Jazz remonta a 2017, ano em que a
associação levou à cidade de Angra do Heroísmo seis bandas: Coreto
Porta-Jazz, Pedro Neves Trio, Map, Sinopse, Baba Mongol e Miguel Ângelo
Quarteto.A associação do Porto, gerida por
12 músicos, promove todos os anos um festival com o mesmo nome, que já
vai na 10.ª edição, e lançou mais de 80 discos no projeto editorial
Carimbo Porta-Jazz.