Festival Fuso propõe "nova abertura à imagem em movimento do século XXI"
1 de ago. de 2022, 17:23
— Lusa/AO Online
O
festival, que este ano estará subordinado aos temas da resiliência,
esperança e comunidade, acontecerá de 23 a 28 de agosto, espalhado por
vários espaços de Lisboa, nomeadamente o MAAT - Museu de Arte,
Arquitetura e Tecnologia, o Museu da Marioneta, o Castelo de São Jorge e
o Palácio Sinel de Cordes."O papel da
arte é promover um diálogo significativo sobre os importantes desafios
sociais, políticos e ambientais que o mundo enfrenta hoje. Conflitos de
raça e classe, emergência climática e a pandemia causada pela covid-19
são crises de dimensão planetária que os artistas do nosso tempo estão
explorando", refere o festival em nota de imprensa.Da
programação anunciada farão parte sessões de videoarte escolhidas por
vários curadores, como "A utopia da paz", no Palácio Sinel de Cordes,
com curadoria de Benjamin Weil e Leonor Nazaré, a partir da coleção do
Centro de Arte Moderna da Gulbenkian, e que contará com obras de
artistas como Daniel Barroca, Salomé Lamas e Jan Fabre.O
curador Paul Goodwin programou uma sessão no Museu do Chiado com obras
de Haroon Mirza, Mónica de Miranda, Alia Syed e Remy Jungerman.No
Museu da Marioneta, a curadora Lori Zippay fará uma homenagem à artista
norte-americana Joan Jonas, pioneira da videoarte e do cinema
experimental, desde meados dos anos de 1960.Haverá ainda debates diários moderados pelo jornalista Vítor Belanciano.À
14.ª edição, o Fuso volta a contar com um concurso aberto a artistas
portugueses ou a residir em Portugal, com 13 obras selecionadas de
Gabriela Vaz-Pinheiro, Gui Athayde, Hoji Fortuna, Inês Norton, José
Taborda, Júlio F. R. Costa, Léna Lewis-King, Leonor Sousa, Marcelo
Moscheta, Maxime Martinot, Ricardo Leandro, Sara Carneiro e Tiago
Bastos. De acordo com o diretor artístico
do Fuso, Jean-François Chougnet, os temas das obras a concurso vão
desde a reflexão sobre o colonialismo e processos de descolonização, a o
género, paisagem e tecnologia.Os vencedores vão ser conhecidos na sessão de encerramento do festival, a 28 de agosto, no Museu da Marioneta.No
arquipélago dos Açores, será também apresentado o Fuso Insular, em São
Miguel, no quadro da descentralização do festival, com sessões de
curadores nacionais e internacionais.Um
laboratório criativo de imagem em movimento para artistas locais decorre
desde julho e segue até setembro, e a 4.ª edição do Fuso, em São
Miguel, terá lugar entre 27 e 30 de outubro. O
Fuso - Festival Internacional de Videoarte de Lisboa é financiado pela
Direção-Geral das Artes, e está inserido no programa Lisboa na Rua, uma
iniciativa da Câmara Municipal de Lisboa e da EGEAC - Empresa de Gestão
de Equipamentos e Animação Cultural.