Autor: Lusa/AO Online
O diretor da Casa do Festival, Iván Giroud, disse que a decisão foi comunicada previamente à viúva do escritor, Mercedes Barcha, e aos seus filhos Rodrigo e Gonzalo García.
Giroud recordou García Márquez e o intelectual cubano Alfredo Guevara, que morreu em 2013, dizendo que ambos “estão muitos unidos à vida e à história do Novo Cinema Latino-Americano e foram, quiçá, as suas duas mais sólidas colunas”.
O escritor colombiano, um amante do cinema, participou como guionista de filmes como “O Galo de Ouro” (1964) e “Tempo de Morrer”, entre outros, e foi também assistente de realização e até ator, com um pequeno papel no filme “Neste Povoado não há Ladrões”, realizado por Alberto Isaac, em 1965.
O Prémio Nobel da Literatura de 1982 foi, no mesmo ano, jurado do Festival de Cannes e, em 1985, criou a Fundação do Novo Cinema Latino-Americano, com sede em Havana, que presidiu até a sua morte.
A urna com as suas cinzas chegou hoje ao Palácio de Belas Artes da capital mexicana e às 16:15, hora local (22:15 em Lisboa), os centenas de admiradores começaram a despedir-se e a homenagear o escritor colombiano.
As suas cinzas foram levadas para o Palácio por uma comitiva em que estavam integrados a sua mulher e os seus filhos.
Desde o meio da manhã de hoje, já havia uma fila de admiradores que esperavam para dar o último adeus ao escritor colombiano.
A urna foi adornada com flores amarelas, as preferidas do autor e, entre as várias coroas de flores, havia uma enviada pelo ex-Presidente cubano, Fidel Castro.
A urna podia ser visitada pelo público durante três horas e, posteriormente, haverá uma cerimónia oficial, com a presença dos Presidentes da Colômbia, Juan Manuel Santos, e do México, Enrique Peña Nieto, entre outras personalidades.
Gabriel García Márquez morreu na quinta-feira, na Cidade do México, aos 87 anos.