Festival Burning Summer quer ser ‘farol’ para a sustentabilidade
4 de jul. de 2022, 10:16
— Rui Jorge Cabral/Paulo Simões
O Eco Festival Azores Burning Summer vai regressar este
ano em pleno à freguesia do Porto Formoso, nomeadamente à Praia e ao
Parque dos Moinhos, que sofreu alguns melhoramentos, entre os dias 24 e
27 de agosto.Tito Paris, The Black Mamba e Throes & The Shine
vão ser os cabeças de cartaz dos concertos com entradas pagas de um
evento que é hoje muito mais do que um festival de música, englobando
uma vasta programação gratuita e virada para sustentabilidade, bem como
para a comunidade e que tem nos turistas uma faixa de cerca de 30% do
seu público.O Eco Festival Azores Burning Summer é organizado pela
Associação Regional para a Promoção e Desenvolvimento do Turismo,
Ambiente, Cultura e Saúde dos Açores (ARTAC), sendo o primeiro eco
festival da Região, que já foi inclusivamente distinguido a nível
nacional como o festival mais sustentável de Portugal, depois de já ter
sido distinguido nos Açores pelo seu contributo para a economia
circular.Este ano, o festival tem nos eventos junto da comunidade a sua principal novidade.A
primeira das novidades é o Programa Comunitário de Saúde - VIVE, que
aposta num novo conceito comunitário de saúde ativa e participada, com o
objetivo de incentivar a consciencialização do indivíduo como agente
ativo e responsável pela sua própria saúde, com uma programação variada
que decorrerá no Centro Cultural do Porto Formoso, durante os meses de
julho e agosto.A segunda novidade é o Programa HABITAT, que tem como
grande objetivo fortalecer o sentimento de pertença e o gosto pelo
lugar onde se vive, através da valorização e preservação da história,
das vivências e tradições, bem como do património cultural e natural.
Este programa tem o seu foco na freguesia do Porto Formoso e decorre
também com várias atividades durante os meses de julho e agosto. Os programas VIVE e HABITAT são promovidos pela ARTAC em parceria com a Junta de Freguesia e a Paróquia do Porto Formoso.Em
entrevista à Rádio Açores/TSF, Filipe Tavares, fundador e diretor do
Eco Festival Azores Burning Summer, recorda os primeiros tempos do
festival, que começou por ser um evento centrado na música, afirmando
que foi a própria constatação do impacto que um festival gera em termos
de resíduos que o fez mudar o foco do Burning Summer.Recorda Filipe
Tavares que foi a partir daí que começou a fazer algo para que “o
festival seja um exemplo e uma espécie de ‘farol’ na implementação de
medidas ambientais, estendendo a mensagem a outras questões do ponto de
vista da sustentabilidade nos Açores”. Para o festival deste ano,
Filipe Tavares salienta a continuação das Eco Talks, debates que
envolvem os cidadãos, ativistas, dirigentes associativos e políticos, em
torno de questões da sustentabilidade, para além de uma exposição de
veículos elétricos e do ‘Burning Market’, uma feira de ecodesign e
produtos naturais localizada na praia dos Moinhos, com acesso gratuito.Há também eventos de ‘Land Art’ e um ciclo de cinema ao ar livre que remete para as questões ambientais e sociais. Destaque
ainda para os concertos com artistas locais que irão decorrer
gratuitamente na Praia dos Moinhos, em parceria com o Moinho Terrace
Café, procurando celebrar e reviver as memórias dos convívios de várias
gerações na Praia dos Moinhos.