Festas da Praia arrancam hoje com campanha de sensibilização ambiental
2 de ago. de 2019, 16:30
— Lusa/AO Online
“Adquirimos uma
quantidade razoável de copos, que são personalizados com o logótipo das
Festas da Praia. Os copos vão ser vendidos nos bares a 50 cêntimos e a
pessoa pode reutilizar o copo e levá-lo para casa, porque o copo é seu.
Isso dá-nos a sensação de que vamos reduzir bastante na produção de
lixo”, adiantou, em declarações à agência Lusa, o vice-presidente da
Câmara Municipal da Praia da Vitória, Carlos Armando Costa.Tal
como em outros concelhos do país, na Praia da Vitória as ruas da cidade
e o recinto dos espetáculos enchiam-se de copos de plástico
descartáveis durante as festas.“Na zona
dos espetáculos, o chão ficava todo coberto com copos. Mesmo que se faça
um reforço de baldes de lixo, as pessoas não estão habituadas a
procurar um balde de lixo. Isto é uma sensibilização que acho que muda
com a mudança de gerações”, salientou Carlos Armando Costa, admitindo
que haja alguma resistência por parte dos vendedores de bebidas nas
festas.Este ano, o cartaz musical das
Festas da Praia é mais internacional, com nomes como os brasileiros
Armandinho e Vítor Kley, o irlandês Gavin James, o inglês Nik Kershaw, o
angolano Bonga e o cabo-verdiano Djodje. Atuam
ainda os portugueses Capitão Fausto e Agir e os DJ Stereossauro, Jiggy,
Smira, Ride, Insert Coin, Van Breda, SpitFyah e Sam Feldt, entre
outros. “O que nós pretendemos é que seja
um leque de artistas variado, para abranger vários públicos”, salientou o
vice-presidente do município.Orçadas em
cerca de 600 mil euros, com uma comparticipação de 236 mil euros do
município, as Festas da Praia são um dos principais atrativos turísticos
da Praia da Vitória e, embora o aparecimento de outros festivais no
arquipélago tenha feito diminuir o número de jovens que procuram a
cidade nesta semana, os emigrantes continuam a encher os hotéis. “Temos
informação de que todos os aviões de Boston e Oakland estão cheios, só
que com algumas oscilações dos horários da SATA, que têm prejudicado um
bocadinho. Mas vamos ter bastante gente. A hotelaria está toda cheia",
avançou o autarca.Segundo Carlos Armando
Costa, a concessão dos espetáculos musicais pagos e da tourada de praça
têm permitido reduzir os custos com a organização das festas.“As
empresas que exploram tiram proveito disso, mas para nós sai-nos muito
menos dispendioso do que se fôssemos nós a explorar. Quando é a câmara a
organizar, as pessoas têm outra atitude perante aquilo que pedem,
quando é um particular têm outra margem para negociar”, apontou.Durante
dez dias, as Festas da Praia incluem ainda espetáculos musicais
gratuitos, cortejos, touradas, artesanato, gastronomia e atividades
desportivas, entre outras.A Feira
Gastronómica do Atlântico, que inclui restaurantes de várias partes do
país, continua a ser, na opinião do autarca, um dos principais pilares
das festas e este ano há uma aposta redobrada na gastronomia local.“Falámos
com o Paulo Rocha, que tem o catering Açores à Mesa, e com a Confraria
da Alcatra da Ilha Terceira, que se vai juntar a ele, e vamos fazer um
restaurante da gastronomia tradicional terceirense, com grande enfoque
na alcatra. Haverá também demonstrações ao vivo de como se faz uma
alcatra”, revelou o vice-presidente do município.Estão
previstas também demonstrações de confeção de pratos no espaço Venda
Açoriana, promovido pela Câmara de Comércio de Angra do Heroísmo (CCAH) e
pela Sociedade de Desenvolvimento Empresarial dos Açores (SDEA), onde
estarão à venda cerca de 400 produtos oriundos das nove ilhas do
arquipélago.