Fernando Pimenta quer "reforçar" nos mundiais o seu medalheiro internacional
3 de ago. de 2022, 12:41
— Lusa/AO Online
“Gostava de
aumentar um bocadinho mais o meu palmarés. Mas é passo a passo. Primeiro
tentar recuperar o melhor possível da viagem e ‘jet lag’, depois lutar
pelas finais e aí tentar dar um bom espetáculo desportivo e boas
sensações para sair daqui com bons resultados”, disse, em declarações à
Lusa.Medalha de bronze em Tóquio2020 em K1
1.000, o limiano defende no Canadá o ouro mundial nesta disciplina,
conquistada em 2021 em Copenhaga, onde também foi prata no evento que
decorreu pouco após os Jogos Olímpicos. “Já
começámos muito bem a época com medalhas nas Taças do Mundo, que
abriram boas perspetivas sobre o trabalho que temos vindo a fazer. No
mundial será prova a prova”, sustentou o atleta que vai fazer K1 500,
1.000 e 5.000, bem com o K2 500 misto com Teresa Portela.Na
Taça do Mundo de Poznan, Polónia, o canoísta de 32 anos foi ouro
precisamente nas quatro provas que vai cumprir em Halifax, enquanto em
Racice, República Checa, venceu o K1 1.000 e K2 1.000, com João Duarte,
sendo prata em K1 5.000.No fim de
Tóquio2020, o mais bem-sucedido canoísta português da história revelou o
desejo de um dia terminar a carreira com os três ‘metais’ olímpicos,
faltando-lhe agora o ouro depois da prata em Londres2012, em K2 1.000
com Emanuel Silva.Pimenta está já “focado”
em Paris2024, mas nem por isso vê a competição gaulesa como a última
oportunidade de o conseguir, um fim de linha, pois Los Angeles2028 é
“só” quatro anos mais tarde. “É passo a
passo. Primeiro focar-me neste ciclo e depois ver como estou em termos
psicológicos e físicos, como me vou aguentando. É bastante importante em
termos emocionais estar motivado e continuar a gostar do que faço”,
vincou.Teresa Portela, a melhor canoísta
feminina portuguesa, está focada sobretudo no olímpico K1 500, mas
espera apurar-se também para as finais do K1 200 e do K2 500 misto com o
amigo Fernando Pimenta.“É giro poder
competir com ele. Se conseguirmos uma medalha, será sempre bem-vinda,
mas não é o objetivo deste campeonato do Mundo. Poder partilhar [uma
medalha] com o Pimenta seria também uma recompensa por todo o meu
percurso destes anos”, assumiu.Essa prova,
que servirá para “desanuviar da pressão”, não tira o foco de Teresa
Portela que deseja, sobretudo, “manter a consistência de disputar as
finais mundiais, o que acontece desde 2010”.