Fenprof entregou pré-aviso de greve para 15 de novembro
7 de nov. de 2017, 19:12
— LUSA/AO online
A
greve de 24 horas é ainda justificada com reivindicações relacionadas
com o regime específico de aposentação, horários que reduzam o desgaste
da profissão, aplicação do direito comunitário na vinculação e concurso
que promovam a estabilidade no emprego e nas escolas. A
greve abrange os educadores de infância e os professores dos ensinos
básico e secundário, que exercem a sua atividade em estabelecimentos e
outros serviços públicos ou de resposta social.Segundo
a Fenprof, 15 de novembro será um "dia nacional de luta dos
professores", coincidindo com a data em que, no Parlamento, o ministro
da Educação irá debater na especialidade a proposta de Orçamento do
Estado para 2018, onde procurará justificar as "insuficientes verbas
destinadas à Educação".Quanto
ao descongelamento da carreira docente, a Fenprof salienta que os
professores recusam "qualquer perda de tempo de serviço que cumpriram de
forma muito empenhada e com elevado profissionalismo" e repudiam
qualquer afirmação que ponha em causa o mérito que têm na atividade que
desenvolvem.Após
um período em que a sua carreira teve as progressões congeladas, a
Fenprof considera "absolutamente inaceitável que o Governo queira,
agora, apagar da carreira dos docentes mais de nove dos últimos 12 anos
da sua vida profissional, precisamente, aqueles em que foram mais
penalizados e sacrificados."Ao
reivindicarem a justa contagem do tempo de serviço prestado, os
educadores e professores estão legitimamente a exigir a reconstrução da
carreira docente e a opor-se à sua destruição", sublinha a estrutura
sindical.A
Fenprof exige que o descongelamento da carreira docente seja negociado e
está disponível para encontrar um processo faseado de recuperação, que
permita a contagem integral do tempo de serviço."O que não aceita é o jogo de empurra a que se tem assistido entre diversos governantes", adianta a Fenprof.Os
docentes reafirmam ainda a sua oposição a qualquer processo de
municipalização da Educação e reiteram a necessidade de democratizar a
gestão das escolas.