Fenprof contabiliza mais de 300 professores por vacinar e ainda sem agendamento
Covid-19
27 de abr. de 2021, 17:47
— Lusa/AO Online
Entre
o pré-escolar e o ensino secundário, a estrutura sindical já
contabilizou 320 trabalhadores de diferentes agrupamentos, além do
Agrupamento de Escolas (AE) do Restelo, onde, segundo a Fenprof, todos
os docentes do 1.º ciclo estão à espera de receber a vacina contra a
covid-19.Em comunicado, os representantes
dos professores destacam também o AE Anselmo de Andrade, em Almada, onde
há 130 profissionais por vacinar, o AE Rainha Santa Isabel, em Coimbra,
com 44, o AE Afonso III, em Faro, com 30, e outros seis agrupamentos em
que a vacinação ainda não chegou a todos.“Muitos
outros professores e educadores ficaram por vacinar sem, até hoje,
terem sido contactados, em Braga, no Porto, em Castelo Branco, em
Lisboa, no Alentejo ou no Algarve”, acrescenta a Fenprof, referindo que,
por isso, vai lançar uma plataforma para fazer um levantamento da
situação.De acordo com a ‘task-force’
responsável pelo plano de vacinação contra a covid-19, os profissionais
do ensino que, por algum motivo, não tivessem sido convocados para
nenhum dos dias em que decorreu o processo, nos fins de semana de 27 e
28 de março e 17 e 18 de abril, seriam integrados em datas futuras.No
entanto, a Fenprof denuncia agora que muitos profissionais ainda não
receberam qualquer informação relativa ao agendamento, apesar de terem
alertado para a situação.“Ninguém parece
saber o que se passa”, sublinha a estrutura sindical, relatando que
alguns professores contactaram as escolas, a Direção-Geral dos
Estabelecimentos Escolares (DGEstE), os serviços regionais de saúde e
até a linha SNS24, mas sem conseguir esclarecer a situação.“A
origem do problema, em alguns casos, terá sido o incorreto
preenchimento de dados, mas quando isso aconteceu, as escolas, de
imediato, fizeram as devidas correções, de acordo com as instruções que
receberam, voltando a lançar os nomes em plataforma criada para o
efeito”, explica, acrescentando que “o que se passa não se sabe, mas os
professores estão preocupados”.No mesmo
comunicado, a Fenprof afirma que a situação coloca em casa o combate à
pandemia da covid-19, considerando indispensável o seu esclarecimento e
resolução, para que o processo de vacinação dos docentes seja concluído,
sem que alguns sejam “esquecidos” ou excluídos””.“Se
o que se pretende é transmitir rigor neste combate à pandemia, e as
escolas são espaços importantes desse processo, tudo deverá funcionar de
forma transparente, competente, rigorosa e não de uma forma que denota
falta de articulação e/ou entendimento entre os responsáveis da Educação
e da Saúde”, acrescenta.Por outro lado, a
estrutura sindical sublinha ainda que, de modo geral, os professores
aderiram desde início, à vacinação contra a covid-19, que era, aliás,
uma reivindicação da maioria das organizações representativas da
comunidade escolar.O primeiro exercício de
vacinação do pessoal das escolas decorreu no fim de semana de 27 e 28
de março, em que foram vacinados mais de 60 mil professores e não
docentes do ensino pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino público e
privado.No fim de semana de 17 e 18 de
abril foi a vez dos trabalhadores das escolas do 2.º ciclo ao ensino
secundário, incluindo também alguns profissionais do pré-escolar e 1.º
ciclo que não tinham sido chamados para as primeiras datas. Nesses dois
dias, foram administradas 183 mil vacinas.