Fenprof apela aos poderes públicos para contrariarem "escalada de difamação" dos professores
24 de nov. de 2017, 12:41
— Lusa/AO online
Às
09:30, uma delegação da Federação Nacional dos Professores
(Fenprof), liderada pelo secretário-geral, Mário Nogueira, entregou a
petição com mais de 20 mil assinaturas no Ministério da Educação,
seguindo depois para a Assembleia da República.Em
declarações à agência Lusa, Mário Nogueira disse que este foi “o
momento oportuno” para entregar o documento, que é “a reafirmação dos
professores” relativamente aos aspetos que querem ver resolvidos “num
ano que não pode continuar a ser um ano de adiamento de resolução de
problemas”.Entre
essas questões, estão o descongelamento das carreiras, os horários, o
desgaste profissional, a gestão dos horários, o regime específico da
aposentação dos professores e “a rejeição de qualquer processo de
municipalização”, apontou.“No
fundo, são aqueles aspetos que os colegas nas escolas consideram ser
mais prioritários de terem resposta do Ministério da Educação”, frisou.Mário
Nogueira adiantou que a entrega do documento também pretende ser um
apelo para que os poderes públicos sejam promotores da valorização dos
docentes e acabem com a “campanha de difamação” contra os docentes, após
ter sido alcançado o compromisso de negociação entre as partes na
semana passada.“É
absolutamente inacreditável que na sequência disso aparece um conjunto
de gente, comentadores, mas também pessoas com responsabilidade
política”, a fazerem acusações que “parece que os professores cometeram
um crime qualquer pelo facto de terem considerado importante resolver
aspetos que têm a ver com a sua vida profissional”. O
dirigente sindical lamentou que haja pessoas no plano político que
querem “aproveitar-se da luta ou dos resultados dos professores para
combater o Governo”.“Nós
não aceitamos ser joguetes de disputa política. Portanto, se há quem na
oposição não seja capaz de fazer os combates que tem que fazer, que não
venha tentar apanhar boleia da luta dos professores porque o carro já
está cheio e só com professores”, frisou. Para Mário Nogueira, esta situação é inaceitável e defendeu que “os professores têm que ser respeitados”.Sublinhou
ainda que têm que se perceber que os professores têm “um trabalho
extremamente exigente nas escolas, em condições que poucas vezes são as
desejáveis”, e mesmo assim têm “conseguido dar o melhor de si”, sendo
que os resultados do seu trabalho têm sido reconhecidos
internacionalmente.
“Achamos que compete ao Ministério da Educação, ao Governo, às
entidades públicas, aos partidos, Assembleia da República contrariar
esta escalada de difamação e de enxovalhamento dos professores, com
mentiras absolutamente inacreditáveis”, declarou.