Fenprof anuncia pré-aviso para greve geral da função pública de 15 de fevereiro
1 de fev. de 2019, 18:41
— Lusa/AO Online
Os
sindicatos da Administração Pública filiados na UGT e os filiados na
CGTP marcaram uma greve de toda a função pública para dia 15 de
fevereiro, após o fim das negociações, sem que tivessem conseguido
aumentos salariais para todos os trabalhadores, como reivindicavam.Em comunicado, a Fenprof anunciou que vai emitir um pré-aviso em nome
próprio abrangendo professores e educadores do pré-escolar ao ensino
superior, e também investigadores, para que “15 de fevereiro fique
marcado como mais um dia em que os estabelecimentos de ensino, educação e
investigação estarão fechados em protesto contra as políticas do
Governo para o setor e para os seus profissionais”.“Com
um discurso aparentemente favorável, o atual Governo tem vindo a impor
políticas de desinvestimento nos serviços públicos, levando a uma
assinalável degradação das funções sociais do Estado. No centro de tais
políticas têm também estado os trabalhadores destes serviços, que são
hoje alvo de violentos ataques desferidos pelo Governo”, lê-se no
comunicado.“No
caso dos docentes, é a tentativa de apagar tempo de serviço cumprido, a
imposição de horários de trabalho marcados pelos abusos e ilegalidades,
a recusa de aprovação de um regime específico de aposentação, apesar de
ser notório o envelhecimento da profissão e conhecidas as
consequências, ou a precariedade que continua a marcar forte presença”,
acrescenta-se.A
Fenprof lembra ainda as recentes declarações do primeiro-ministro sobre
as negociações com os professores pela contagem integral do tempo de
serviço congelado – que afirmou que só valia a pena voltar à mesa
negocial se houvesse propostas novas para discutir - para defender que a
exigência de negociações é uma questão que nesta greve “ganha ainda
mais força”.Classificando
a postura do Governo nesta matéria como “intransigente, sobranceira e
prepotente”, a Fenprof coloca no executivo toda a responsabilidade “por
todos os prejuízos que venham a decorrer da luta” dos professores.“A
participação na greve de dia 15 é importantíssima como mais um momento
que soma à luta dos professores. Luta que ganhará, de novo, expressão
própria na semana seguinte, com a entrega do abaixo-assinado de
exigência de abertura da negociação sobre o prazo e o modo de recuperar
todo o tempo de serviço que esteve congelado, e prosseguirá no mês de
março e, de forma particularmente forte, no 3.º período letivo,
incluindo o encerramento do ano”, lê-se ainda no comunicado.