Feira do Livro de Lisboa regressa com 350 pavilhões e a promessa de plantar árvores
20 de mai. de 2025, 16:56
— Lusa/AO Online
A Associação Portuguesa de
Editores e Livreiros (APEL) e a Câmara Municipal de Lisboa (CML)
apresentaram a 95.ª Feira do Livro de Lisboa, uma edição de
“consolidação” da anterior, já que o certame atingiu o “limite de espaço
físico”, disse o presidente da APEL, Miguel Pauseiro.“Temos
o número de pavilhões que consideramos adequado para o que o espaço
comporta, o que traz a responsabilidade acrescida de manter alguma
novidade”, afirmou, sublinhando que quer uma “feira diferenciadora e que
a confirme como a mais bonita do mundo”, como a classificam os seus
visitantes.O presidente da APEL
acrescentou ter a “expectativa de ultrapassar o ano passado” em número
de iniciativas culturais, estando previstos mais de 3.000 eventos, dos
quais 1.200 implicam a presença de autores.Uma
das grandes novidades deste ano é o projeto sustentável “Vamos plantar
livros”, em parceria com a The Navigator Company, que associa a venda de
livros à plantação de árvores.“Por cada
100 livros vendidos, vai ser plantada uma árvore. Estimamos vender entre
700 mil e 800 mil livros o que dá uma estimativa de 7.000 a 8.000 novas
árvores no nosso país”, especificou.Este
ano, serão 133 os participantes, um número “ligeiramente abaixo do ano
anterior, que vão representar cerca de 960 chancelas e mais de 85 mil
títulos”, embora estes números não estejam ainda fechados, acrescentou
Miguel Pauseiro.Será inaugurada uma nova
praça – Praça Verde – e, em termos de acessibilidade, haverá mais rampas
portáteis e cadeiras de rodas, disponibilizadas pela Santa Casa da
Misericórdia, para pessoas com mobilidade reduzida.Os
eventos com língua gestual portuguesa e a existência de um alfabeto de
cores para daltónicos, que, entre outras coisas, ajuda as pessoas a
orientarem-se nas praças, que são definidas por cores, também estão de
regresso nesta edição.O presidente da
Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, destacou que o “investimento
na feira é cada vez mais importante” e revelou que este ano aumentou o
apoio financeiro para 135 mil euros (mais 15 mil, face ao investimento
de 120 mil do ano passado), fora o apoio logístico. A
edição de 2025 reforça o modelo estreado em 2024, que privilegia a
qualidade da experiência dos visitantes, trazendo um percurso mais
fluído e sete praças (incluindo a nova Praça Verde), indicam os
organizadores.Ao longo dos 19 dias, haverá
espaço para eventos variados, desde sessões de autógrafos a debates,
passando por apresentações de livros e concertos à sexta-feira, com
atuações “intimistas”, nomeadamente de Teresa Salgueiro.A programação infantil foi reforçada, com oficinas, leituras encenadas e o regresso do “Acampar com Histórias” na Estufa Fria. Entre
os serviços disponíveis, regressam o bengaleiro, que disponibiliza o
envio postal de livros e o armazenamento temporário de objetos, uma área
de restauração ampliada e campanhas de doação e reciclagem de livros.