Feira do Livro de Lisboa de regresso a maio começa hoje com “maior oferta de sempre”
25 de mai. de 2023, 07:18
— Lusa/AO Online
Apesar
de forçada a “manter o mesmo espaço do ano passado”, devido à
preparação da Jornada Mundial da Juventude, como disse o presidente da
Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), Pedro Sobral, na
apresentação à imprensa da feira, o evento vai contar com a “maior
oferta de sempre”.Hoje, por exemplo, há
assinaturas de autógrafos por Isabela Figueiredo, José Milhazes, Alice
Vieira e João Pedro George, entre muitos outros.Outro
destaque da edição deste ano vai para o Plano Nacional de Leitura
(PNL), representado pela primeira vez na Feira do Livro de Lisboa e com
programação diária.“Abrimos um consultório
de leituras para leitores e não leitores, dos 0 aos 100. Todos os
elementos da equipa PNL, incluindo a comissária e a subcomissária, vão
sugerir livros para diversos estados de alma. Os que nos visitarem no
auditório poente da Feira, entre as 18:00 e as 19:00, nos dias úteis,
terão direito a um momento de diálogo, um poema para lerem e ouvirem e
um folheto com sugestões de livros de ficção, não ficção e
infantojuvenis”, revelou o PNL, em comunicado, esta semana.Este
ano, a Feira do Livro de Lisboa terá 139 participantes, mais de 980
chancelas editoriais e os mesmos 340 pavilhões da edição de 2022.Para
esta edição, são esperados também “muito mais escritores” e “mais
autores internacionais do que no ano passado”, afirmou o presidente da
APEL, que tem verificado um aumento da “proatividade nos escritores, que
dizem ‘quero estar’ na feira”, em vez de simplesmente esperarem pelos
convites.Pedro Sobral espera, por isso,
que este ano aumente o contacto com escritores e a afluência, que em
2022 se situou entre os 770 mil e os 790 mil visitantes.Esta
expectativa está diretamente ligada ao crescimento do mercado do livro,
que se tem verificado desde 2021, e que no final do primeiro trimestre
deste ano estava nos 12%.“Além da
recuperação [pós-pandemia], há uma alteração nos hábitos de leitura.
Portugal é dos países com piores índices de leitura, mas há um crescente
interesse na compra de livros para leitura própria”, quando,
tradicionalmente, a maioria dos livros comprados eram para oferta,
indicou o responsável.Pedro Sobral
adiantou que está a ocorrer um “movimento de novos leitores, na faixa
dos 18 aos 30 anos, muito alavancado pelas redes sociais".A
“Hora H” mantém-se, mas os horários da feira vão sofrer uma ligeira
alteração: em vez de fechar às 00:00, passa a fechar às 22:00, nos dias
de semana, e às 23:00 às sextas-feiras, sábados e vésperas de feriado.Ao fim de semana, o horário de abertura é às 11:00, enquanto à semana a feira abre às 12:30.