Feira do Livro de Lisboa com “a maior oferta editorial de sempre” na 90.ª edição
21 de ago. de 2020, 08:12
— Lusa/AO Online
No evento, no Parque Eduardo VII, promovido
pela Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), com o apoio
da Câmara Municipal de Lisboa (CML), vão estar 310 pavilhões e 117
participantes. A organização destaca a elevada adesão por parte dos editores e livreiros, num contexto de pandemia "e de incerteza económica". Segundo
a nota hoje divulgada, a 90.ª edição da Feira do Livro de Lisboa é a
"segunda maior até ao dia de hoje, superando a edição de 2018 em número
de pavilhões (310), igualando-a em participantes (117) e aumentando as
marcas editoriais (chancelas) presentes (638)".O evento, adiado três meses, vai estar sujeito a restrições e terá um formato adaptado, para conter a propagação da covid-19. O uso de máscara será obrigatório em todo o recinto, tanto por expositores como pelo público.O
número de espaços de restauração foi reduzido, as diferentes
iniciativas requerem inscrição prévia junto das respetivas editoras, o
auditório principal vai ser ao ar livre, foram criados mais dois espaços
semelhantes e a lotação do recinto está limitada a 3.300 pessoas em
simultâneo. "Exigente todos os anos, esta
edição foi um desafio acrescido no que diz respeito à sua organização,
para garantir que os visitantes se sintam seguros com todas as medidas
introduzidas. As pessoas vão encontrar uma feira mais arejada, com
alamedas mais amplas, um espaço pensado para obter circuitos de
circulação mais fluídos", refere o presidente da APEL, João Alvim,
citado no comunicado. De acordo com a
organização, a lotação de visitantes ao mesmo tempo na Feira do Livro de
Lisboa é "um número conservador e com uma ampla margem de segurança
para aquelas que são as recomendações da Direção-Geral da Saúde, de um
distanciamento social de dois metros entre pessoas", podendo vir a ser
ajustado durante o evento, "por acordo e sob as orientações da Proteção
Civil da CML".O programa cultural tem
"mais de 800 atividades previstas", entre as quais 15 debates promovidos
pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, "sobre temas fraturantes da
sociedade portuguesa e do que a rodeia, e que têm como ponto de partida
livros da coleção da fundação, que serão apresentados em primeira mão".Entre
segunda e quinta-feira, das 21:00 às 22:00, livros lançados há mais de
18 meses têm descontos mínimos de 50%, na chamada Hora H. Para
o Auditório Sul estão programados vários concertos com música de
diferentes estilos, "desde o saxofonista Mark Cain, que traz ambientes
de jazz/smooth e nu-jazz acompanhados por saxofone, até Matay, movido
pela força do gospel e influenciado pelo soul, e passando ainda pelo
Concerto Entressonhar, do projeto GEO"."Em
linha com o compromisso de uma feira mais amiga do ambiente" vão ser
disponibilizados 30 mil sacos reutilizáveis e, para quem tem mobilidade
reduzida, estão à disposição cadeiras de rodas.Durante
a Feira do Livro de Lisboa terá lugar a 5.ª edição do Prémio Literário
UCCLA - Novos Talentos, Novas Obras em Língua Portuguesa.A
campanha "Doe os seus Livros", uma iniciativa da APEL e do Banco de
Bens Doados (BBD), desafia os visitantes a doar os livros novos ou
usados que não queiram guardar, para serem encaminhados para crianças
apoiadas por Instituições.A Feira do Livro
de Lisboa abre ao público de segunda a quinta-feira das 12:30 às 22:00,
sexta-feira das 12:30 às 24:00, sábados das 11:00 às 24:00 e domingos
das 11:00 às 22:00. O evento decorre em
simultâneo com a Feira do Livro do Porto, iniciativa da câmara municipal
que se realiza entre 28 de agosto e 13 de setembro, nos jardins do
Palácio de Cristal, uma sobreposição que vai levar a que várias editoras
não marquem presença. As duas feiras literárias já não aconteciam praticamente ao mesmo tempo há mais de uma década.