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Feira de Construção em Cabo Verde com menos expositores mas com maior qualidade
A 4ª Feira Internacional de Construção e Habitação (FICH) de Cabo Verde conta este ano com menos expositores, mas com maior qualidade, indo ao encontro das necessidades do mercado cabo-verdiano, afirmou o presidente da FICH.

Autor: Lusa / AO online

 

O presidente do conselho de administração da Feira Internacional de Cabo Verde (FICH), Luís Cardoso, falava na sexta-feira à noite à imprensa, após a abertura da quarta edição da FICH, que decorre até domingo (durante três dias) no antigo aeroporto da Praia, na Achada Grande, sob o lema "construindo para a sustentabilidade".

Para esse responsável, citado pela Inforpress, a feira, que conta com a participação de seis empresas portuguesas, é "fundamental" para a promoção do setor da construção e habitação, que, nos últimos anos, tem sofrido as consequências da crise internacional.

"Apesar de este ano termos um número de expositores reduzido, participam empresas de outras edições com novas ideias a serem abordadas no mercado do país e com novas tecnologias de construção e habitação que são amigas do ambiente", disse.

Luís Cardoso sublinhou que a FICH passará a ser gerida por privados, tornando-se num "grande desafio" ao setor, através de empresários ou de câmaras de comércio, na qual pretendem retomar o esforço e alavancar esta área.

Por seu lado, o ministro do Ambiente, Habitação e Ordenamento do Território cabo-verdiano, Antero Veiga, afirmou que a FICH é uma "realidade habitual que se tornou necessária" e que cada ano viabiliza o encontro de pessoas com soluções e parceiros, profissionais com inovações, e aperfeiçoa negócios, num setor "muito importante" para a economia e para a empregabilidade no país.

Antero Veiga enalteceu o empenho dos profissionais do setor que, defendeu, no limite das suas faculdades e disponibilidades materiais, têm ajudado a construir o país com recursos renováveis, inesgotáveis, e que têm contribuído para a melhoria de qualidade de vida dos cabo-verdianos.

Antero Veiga disse que é visível para todos a "intensidade da construção de habitações" em curso um pouco por todo o país, exemplificando o programa "Casa para Todos".

"É uma experiencia gigantesca e complexa, talvez uma das maiores operações já realizadas em Cabo Verde no domínio da construção civil", frisou.

"A feira enquadra-se na estratégia do Governo em promover o intercâmbio, encontrar soluções, estabelecer parceiros e fazer negócios no domínio da construção civil, visando permitir à família cabo-verdiana a qualificação do ‘habitat’ nas nossas aldeias e cidades, sem pôr em causa a sustentabilidade ambiental", sublinhou.

Segundo o ministro, com a FICH pretende-se aprimorar a cultura, fomentando as melhores práticas e as mais económicas e compatíveis com o ambiente.

A FICH conta com 75 "stands" e com a participação de 40 empresas e instituições, divididas por setores de Serviços e Tecnologias, Instituições, Indústria e Habitação e Construção.

Além de Cabo Verde e Portugal, a feira conta com a participação de mais dois países, Brasil e República Checa.