Federação indonésia suspende "para toda a vida" dois responsáveis do Arema FC
4 de out. de 2022, 12:08
— Lusa/AO Online
A tragédia aconteceu depois de
cerca de 3.000 adeptos do Arema FC terem invadido o relvado após a
derrota frente ao rival Persebaya Surabaya (2-3) e entrado em confronto
com as forças de segurança, que por sua vez utilizaram gás lacrimogéneo.O
responsável pela organização de jogos, Abdul Harris, e um membro da
segurança, Suko Sutrisno, foram banidos “por toda a vida de qualquer
atividade no mundo do futebol”, anunciou o presidente da comissão
disciplinar da federação indonésia, Erwin Tobing.O
dirigente, que falava em conferência de imprensa, acrescentou ainda que
o Arema FC terá que pagar uma multa de 250 milhões de rupias indonésias
(cerca de 16.500 euros).Segundo o chefe
da polícia de Java Oriental, Nico Afinta, a maioria das mortes foi
causada pela debandada de adeptos, muitos dos quais sufocados enquanto
tentavam sair do estádio. Muitas das pessoas morreram espezinhadas no
caos da debandada.De acordo com a primeira
contagem oficial, revista após alguns erros, 125 pessoas morreram,
incluindo 32 crianças, e 323 ficaram feridas em graus variados, numa das
maiores tragédias da história do futebol mundial.O
uso de gás lacrimogéneo contra adeptos, proibido dentro dos estádios
pelo regulamento da FIFA - o órgão máximo do futebol mundial - tem sido
criticado por organizações que garantem os direitos humanos, como a
Amnistia Internacional e a Organização dos Direitos Humanos.O
presidente do Arema FC, Gilang Widya Pramana, garantiu que está a
“cooperar e a apoiar” a investigação ao trágico acontecimento e que o
clube também “compensará financeiramente as famílias das vítimas e dos
feridos”.