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Federação das Pescas dos Açores quer 28,4 ME para o setor em 2026

O vice-presidente da Federação de Pescas dos Açores (FPA), Ruben Farias, considerou “ser impensável” que o Orçamento de 2026 não contemple, pelo menos, o mesmo montante para o setor de 2025 (28,4 milhões de euros)


Autor: Lusa/AO Online

“Será impensável para nós que nesta oportunidade haja uma redução de qualquer tipo de redução ao orçamento das Pescas”, afirmou Ruben Farias, após uma audiência com o presidente do Governo dos Açores.

O dirigente da FPA foi recebido em Ponta Delgada, no Palácio de Sant’Ana, no âmbito do processo de auscultação sobre as antepropostas de Plano e Orçamento Regional para 2026.

O dirigente apontou que o “cluster” da pesca beneficiou este ano de 45 milhões de euros, sendo que 28,4 milhões foram direcionados para a pesca, um valor que “é impensável reduzir”.

Ruben Farias considerou 2026 “crucial para as pescas”, uma vez que “vai haver uma janela de oportunidade quase única”, tendo em conta que a partir de janeiro vai ter lugar a implementação da Rede das Áreas Marinhas Protegidas dos Açores (RAMPA).

O dirigente adiantou que “é com muita urgência que deverá estar já em cima da mesa no início do ano um plano de compensação para que os pescadores saibam exatamente que estratégias definir para arrancar para este novo ciclo”, afirmou Ruben Farias.

O responsável federativo defende também um plano de abate de embarcações que “permita a devida compensação aos profissionais do setor”, tendo apontado como “imperativo um reforço do papel da Inspeção das Pescas” face à RAMPA.

Ruben Farias disse, também, que “as condições de transporte do pescado não podem ser descuradas” interilhas e para o continente.

O Plano e o Orçamento dos Açores para 2026 vão ser discutidos e votados na Assembleia Regional em novembro.

O executivo saído das eleições legislativas antecipadas de 04 de fevereiro de 2024 governa a região sem maioria absoluta no parlamento açoriano e, por isso, necessita do apoio de outro partido ou partidos com assento parlamentar para aprovar as suas propostas.

Nas últimas legislativas regionais, PSD, CDS-PP e PPM elegeram 26 deputados, ficando a três da maioria absoluta. O PS é a segunda força no arquipélago, com 23 mandatos, seguido do Chega, com cinco. BE, IL e PAN elegeram um deputado regional cada, completando os 57 eleitos.