FC Porto despede-se da 'champions' após derrota cruel com Atlético de Madrid

O FC Porto falhou na terça-feira a passagem aos oitavos de final da Liga dos Campeões, após perder com o Atlético de Madrid, por 3-1, na última jornada do grupo B, com final cruel para os 'dragões'.


Autor: Lusa /AO Online

Apesar de terem protagonizado um ascendente em boa parte do jogo, os ‘azuis e brancos’ começaram a ceder aos 56 minutos, quando o Atlético inaugurou o marcador, por Griezmann, tendo Correa, já aos 90, e De Paul, aos 90+2, vincado a vantagem dos espanhóis, a que o FC Porto apenas conseguiu reagir com um tento de honra, de Sérgio Oliveira, de grande penalidade, aos 90+6, numa altura em que duas equipas jogavam em inferioridade, com as expulsões de Carrasco e Wendel.

Com este resultado, aliado à derrota (2-1) do AC Milan frente ao Liverpool, o FC Porto termina o grupo no terceiro posto, com cinco pontos, o que lhe permite, ainda assim,  disputar um play-off, de acesso aos oitavos de final da Liga Europa, a duas mãos, com uma das equipas que ficou em segundo lugar na fase de grupos dessa competição.

No jogo de ontem, os ‘dragões’, que surgiram com Pepe, Grujic e João Mário como principais novidades no ‘onze’, depois de terem estado em dúvida, até entraram no desafio com menor intensidade do que o habitual, assumindo uma postura mais expectante, à semelhança do adversário, que na fase inicial também não imprimia velocidade.

Durante esta toada, com um futebol desinteressante, muito preso no meio campo, e com a bola longe das duas balizas, os madrilenos sofreram a contrariedade da lesão de Luís Suárez, principal artilheiro da equipa, que saiu com queixas físicas ainda antes do quarto de hora.

Assim, o primeiro momento de emoção aconteceu já à passagem de minuto 22, numa iniciativa do Atlético, embalada por um bom cruzamento de Ferreyra Carrasco, que Matheus Cunha e Griezmann, em posição frontal, não conseguiram desviar, mas com a bola ainda a sobrar para Llorente, que rematou de ângulo difícil, para defesa do portista Diogo Costa.

O lance forçou uma reação dos ‘azuis e brancos’, primeiro num remate de Grujic, para defesa fácil de Oblak, e depois, aos 31, num remate de Luís Díaz, a que o guardião dos espanhóis já se teve de aplicar a fundo para impedir o primeiro golo.

O atrevimento dos ‘dragões’ forçou o Atlético de Madrid a recuar, dando mais espaços para os comandados de Sérgio Conceição começarem a explanar o seu futebol envolvente e criar mais oportunidades, com Luís Díaz, num remate por cima, e Grujic, com um tiro para nova intervenção de Oblak, a frisarem o ascendente portista até ao intervalo, mas sem que o nulo fosse alterado.

No regresso do descanso, o FC Porto até repetiu um interessante ritmo ofensivo, não demorando a aproximar-se da baliza do Atlético, com Taremi em destaque nos primeiros cinco minutos do reatamento, com uma perdida incrível em posição frontal, e com um outro remate para uma das defesas da noite de Oblak.

No entanto, ainda antes da hora de jogo, os espanhóis gelaram o Dragão, na sequência de um canto, com Griezmann, esquecido na área, a desviar fácil para o 1-0, aproveitando um ressalto prévio na defesa do FC Porto.

Sofrendo o golo contra a corrente do jogo, a equipa portuguesa tremeu, e pouco depois valeu o experiente central Pepe a tirar em cima da linha do golo, o remate de Carrasco, que com Koke, na recarga, desperdiçou atirando ao lado.

Quando o FC Porto estava a tentar a reação, a partida entra numa fase quezilenta, que, numa primeira instância, aos 67 minutos, valeu a expulsão a Carrasco, jogador do Atlético, por agressão a Otávio, e pouco depois ao portista Wendel, que tinha entrado aos 63 e recebeu vermelho direto aos 73, também por agressão a um adversário.

O lance precipitou uma confusão entre os elementos dos bancos das duas equipas, que serviu os intentos da formação espanhola em quebrar o ritmo de jogo e a tentativa de resposta dos ‘dragões’.

A equipa portuguesa passou então a jogar com mais coração do que com razão, e nem quando Sérgio Conceição lançou, de uma vez só, Corona, Toni Martínez, Sérgio Oliveira e Fábio Vieira, conseguiu recuperar a objetividade anterior, acabando por sofrer mais dois golos quando estava descompensada, numa parte final cruel.

Aos 90, Correa, num contra-ataque, apontou o 2-0, e, dois minutos depois, De Paul tornou o castigo dos ‘dragões’ demasiado pesado, apontando um terceiro golo, a que o FC Porto ainda conseguiu responder, com o tento de honra, numa grande penalidade apontada por Sérgio Oliveira, que fixou o 3-1 final.