"Farfalha" condenado a 11 anos de prisão por crimes de índole sexual
13 de jan. de 2020, 16:42
— Lusa/AO Online
A sentença foi proferida, esta segunda-feira, no Tribunal Judicial de Ponta Delgada, tendo o homem de 52
anos sido condenado pelos crimes de recurso à prostituição de menores,
coação sexual e tráfico de estupefacientes agravado.O crime de violação não ficou provado.A condenação inclui também o pagamento de indemnizações às três vítimas, no valor global de 13.500 euros.
O arguido já tinha sido condenado em 2005 num caso de pedofilia na
ilha de São Miguel e em outubro de 2019 voltou a tribunal para ser
julgado, à porta fechada, pela prática de três crimes de violação de
menores, um crime de coação sexual de menor, dois crimes de recurso à
prostituição de menores e um crime de tráfico de estupefacientes
agravado.Os factos deste novo caso remontam a 2017, altura em que os três ofendidos tinham 17 anos de idade.Na
leitura do acórdão, a juíza sublinhou que o tribunal "não tinha razões
para duvidar dos factos" relatados pelas vítimas, embora o arguido tenha
negado todas as acusações.Dirigindo-se ao
arguido, após a leitura do acórdão, a juíza lembrou que o homem já
tinha sido condenado por atos sexuais com menores.“Esta
decisão não podia ser de outra forma, os menores são para respeitar”,
frisou a juíza, referindo, durante a leitura do acórdão, os relatos das
vitimas. O arguido, que está aposentado
por invalidez, tinha sido condenado em 2005 a uma pena única de prisão
de 14 anos, pelo Tribunal Judicial de Ponta Delgada, pela prática de
vários crimes de abuso sexual de crianças, abuso sexual de adolescentes,
violação e atos exibicionistas, tendo saído em liberdade condicional em
2013.Naquela altura, foi a pena mais elevada do processo decidida pelo tribunal de júri, composto por três juízes e quatro jurados.As
investigações da PJ permitiram então a detenção de 17 homens da ilha de
São Miguel que supostamente frequentavam uma garagem propriedade de
“Farfalha”, num processo que envolvia ainda cerca de duas dezenas de
menores.Hoje, após a leitura do acórdão,
os jornalistas tentaram obter uma reação da advogada de "Farfalha" para
saber se este irá ou não recorrer da pena, mas tal não foi possível.