Falta de apoio dos EUA aumenta "ameaça existencial" para europeus
2 de out. de 2023, 09:58
— Lusa/AO Online
“Isto tem que ver com a
estabilidade e previsibilidade da guerra, porque este conflito tem
consequências profundas para todo o mundo. Mas para nós, europeus, é uma
ameaça existencial”, dramatizou o alto-representante da UE para os
Negócios Estrangeiros, em declarações aos jornalistas assim que chegou à
capital ucraniana para uma visita surpresa, acompanhado pelos ministros
dos 27 estados-membros.O chefe da
diplomacia europeia admitiu que o conflito no território ucraniano “não
esteja a ser visto como tal por todas as pessoas”: “Mas para nós
europeus – e permitam-me que o repita – é uma ameaça existencial.”“Por
isso é que é necessário continuar a apoiar-vos e a discutir com os
nossos parceiros norte-americanos para que eles o continuem a fazer
também. Acredito que [os Estados Unidos] reconsiderarão a decisão e
juntos vamos continuar ao vosso lado”, declarou, dirigindo-se ao
ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba.Kuleba desdramatizou a questão por agora, referindo que o apoio norte-americano “não acabou”. Contudo, o diplomata considerou que é preciso perceber se a paralisação feita pelo Congresso é “um incidente ou sistémica”.“Acredito
que tenha sido um incidente. Tivemos conversas profundas com as duas
partes e vamos trabalhar para que não volte a acontecer,
independentemente da circunstância”, completou.