Em Lisboa para apresentar a edição portuguesa do livro – o único que até agora contou com a colaboração de Mark Zuckerberg, o fundador da rede social que conta já com 750 milhões de utilizadores –, David Kirkpatrick acompanha de perto o papel do Facebook nos movimentos sociais e políticos que, um pouco por todo o mundo, têm desafiado o statu quo.
“O Facebook dá poder às pessoas, é exactamente isso que faz”, resume Kirkpatrick, chamando-lhe “uma plataforma para dar poder aos seus utilizadores”.
Admite que “muitas pessoas estão confusas” sobre o papel que o Facebook desempenhou nos recentes acontecimentos em países como Tunísia ou Egito, mas, para ele, “é simples: o Facebook é um local onde cada indivíduo tem uma plataforma de difusão”.
Ora, salienta o jornalista, que escreve para a Vanity Fair e o Daily Beast e fundou a empresa Techonomy, “o que acontece quando os cidadãos ganham poder de difusão numa ditadura é que normalmente torna-se difícil ser ditador aí”.
Aos olhos do ex-editor de Tecnologia da revista Fortune, o futuro é fácil de traçar: o Facebook “é como um vírus”. São poucos os países onde o acesso à rede social é ilegal (Coreia do Norte, China, Cuba) e muitos aqueles onde o Facebook opera que “não são democráticos”.