Fabricante de cigarros britânico BAC vai despedir 2300 trabalhadores
12 de set. de 2019, 08:44
— Lusa/AO Online
O grupo que ocupa um posto de destaque no
setor confronta-se com a descida da compra de cigarros tradicionais
anunciou que a reestruturação vai afetar os trabalhadores da BAT, a
nível mundial, até 2020. Os despedimentos representam cerca de 5% dos funcionários da empresa que emprega atualmente 55 mil pessoas em todo o mundo. A
BAT, que detém marcas como “Lucky Strike”, “Dunhill”, “Kent” e
“Rothmans” refere no comunicado divulgado hoje que pretende
“simplificar” a estrutura da empresa pelo que a redução de postos de
trabalho pode afetar sobretudo o setor administrativo e “os lugares de
responsabilidade”. No mesmo comunicado, a
BAT indica que quer acompanhar os novos modos de consumo, numa altura em
que as populações “em muitos países desenvolvidos” mostram tendência
para reduzir o tabagismo.A empresa pretende também “fazer economias” para poder investir nos novos produtos nomeadamente nos cigarros eletrónicos. A
restruturação é uma das primeiras medidas de fundo adotadas pelo novo
diretor geral da BAT, Jack Bowles, que assumiu funções no passado mês de
abril. “O meu objetivo é mudar as coisas
para gerar confiança em relação aos novos produtos e simplificar
significativamente a nossa maneira de trabalhar”, afirmou Jack Bowles. Em
agosto os produtores norte-americanos de cigarros Philip Morris e Atria
anunciaram uma fusão para fazer face às mudanças dos hábitos de consumo
dos tabagistas. O anúncio do grupo BAT
foi publicado poucas horas depois de o presidente norte-americano,
Donald Trump, ter anunciado a decisão de proibir a venda de cigarros
eletrónicos aromatizados, nos próximos meses, justificando que se
verifica um aumento de consumo do produto entre os estudantes dos
Estados Unidos.