Extrema-direita alemã promete encerrar fronteiras e promover "remigração"
13 de jan. de 2025, 11:50
— Lusa/AO Online
Num momento
em que as sondagens lhe dão os melhores resultados desde há um ano e a
colocam como segunda força nas eleições de 23 de fevereiro, a AfD
aprovou o programa no congresso, que também nomeou a sua co-líder Alice
Weidel como candidata oficial a chanceler nas eleições de fevereiro.“Estamos a ficar cada vez mais fortes”, exclamou Weidel no final do congresso.O
programa adotado inclui o polémico termo “remigração”, cunhado por
extremistas de direita e neonazis para designar a expulsão em massa de
migrantes e pessoas com raízes estrangeiras.A
AfD afirma oficialmente que “remigração” se refere apenas à expulsão de
imigrantes ilegais por meios legais, mas o termo é frequentemente
utilizado nos círculos de extrema-direita como a expulsão de cidadãos de
outras culturas.Apesar do facto de a
candidata Weidel ter uma mulher como companheira, com quem é mãe de dois
filhos, os delegados votaram a favor da inclusão no programa de que a
família tradicional, “pai, mãe e filhos”, é a célula básica da
sociedade.Votaram também contra a vacinação obrigatória para o sarampo das crianças em idade escolar na Alemanha.O
Congresso aprovou ainda a criação de uma nova organização juvenil
integrada no partido, depois de terem aumentado as tensões com a
Alternativa Jovem (JA), classificada como extremista pelas autoridades
alemãs em 2023.De acordo com as sondagens
mais recentes, a AfD está a gozar da sua maior popularidade desde há um
ano, com uma subida de dois pontos no último mês para 21-22% nas
intenções de voto.O partido, que conta com
o apoio explícito do magnata Elon Musk, um aliado do presidente eleito
dos Estados Unidos, Donald Trump, ficaria atrás apenas do bloco
democrata-cristão de Friedrich Merz, que se situa nos 30%.