Autor: Lusa/AO Online
Segundo a mesma fonte, na última audiência ordinária com a comissão parlamentar de Defesa, Severiano Teixeira abordou um estudo que o seu ministério solicitou para avaliar a viabilidade dos estabelecimentos fabris das Forças Armadas.
Duma indústria de Defesa quase toda “nas mãos da Empordef” - a ‘holding’ do Estado para o sector -, apenas o Arsenal do Alfeite, a Manutenção Militar - responsável pela alimentação do Exército - e as Oficinas Gerais de Fardamento estavam ainda sob alçada dos ramos.
Há poucos meses o ministro Nuno Severiano Teixeira anunciou o início do processo de passar os estaleiros navais do Alfeite para a ‘holding’ do Estado.
Para decidir qual o passo a dar em relação às outras duas unidades militares, o titular da pasta da Defesa encomendou um estudo com três orientações: “garantir que ambas mantenham alguns dos seus serviços ao Exército, garantir a reabilitação e rentabilização daquele património e passar os seus trabalhadores para funcionários públicos”.
O estudo prevê ainda três finais possíveis para a fábrica e para as oficinas, a “empresarialização” - à imagem do que foi feito no Alfeite -, a extinção ou a fusão, onde se retiraria “o estatuto de estabelecimento fabril” às unidades, passando estas “a integrar uma divisão do ministério da Defesa ou do Exército”.
Segundo a mesma fonte, o antigo ministro da Defesa do PS, Rui Pena, já tinha decidido a extinção de ambas as instalações através de um despacho emitido no final da legislatura do Governo socialista de António Guterres.
Contudo, o ministro da Defesa seguinte, do Governo de coligação PSD/CDS-PP, Paulo Portas, revogou o mesmo despacho, fazendo com que ambas as instalações militares continuassem em funcionamento.