Exportações portuguesas com melhor resultado de sempre

8 de nov. de 2016, 07:25 — Lusa/AO Online

O ministro intervinha numa audição nas comissões parlamentares de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas e de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, no âmbito da discussão na especialidade da proposta do Orçamento do Estado para 2017. "As exportações portuguesas terão mais uma vez em 2016 o melhor resultado de sempre", em termos reais, referiu Augusto Santos Silva, que acrescentou que a estimativa do Governo aponta para um crescimento de três por cento, o que representa uma "redução do ritmo de crescimento face a 2015, mas significa também crescimento". Mesmo em termos nominais, "o saldo melhorou", sublinhou o ministro, que referiu que "isso é muito importante, porque permite consolidar estruturalmente o equilíbrio económico". Santos Silva destacou que as trocas com a Europa "continuam a crescer consolidadamente", recordando que o espaço europeu representa "mais de dois terços das exportações e importações" portuguesas. "As exportações [para a Europa] cresceram 5% em termos nominais, cresceram mais em termos reais, e o nosso saldo positivo cresceu 183% até agosto", disse. As exportações portuguesas têm "dois problemas bem localizados": Angola e Brasil, devido à quebra nos mercados internos. O governante apontou a necessidade de acompanhar as empresas portuguesas que atuam nestes países. "É essencial manter a nossa presença nesses mercados quando eles estão em circunstâncias difíceis e fazer ver que não somos mercenários da relação económica, estando presentes quando os mercados estão bem e abandonando-os logo à mínima dificuldade", disse. Santos Silva recordou que, em setembro, se realizou uma "missão política e empresarial muito importante" ao Brasil e revelou que, nos primeiros dias de dezembro, irá a Angola para "preparar a reunião de alto nível entre o Estado angolano e o Estado português". Por outro lado, é preciso "insistir mais em mercados que ainda são pequenos para a dimensão da qualidade das relações bilaterais", casos do Canadá e Argentina. O ministro disse ainda que Portugal deve "reforçar os mercados" onde já foram criadas oportunidades para as empresas portuguesas, entre os quais México, Coreia do Sul ou países do Magrebe.