Exército pode colaborar mais no apoio de emergência mas precisa de mais financiamento
31 de out. de 2017, 19:04
— Lusa/AO online
O general Rovisco Duarte
afirmou que, dentro do modelo atual de apoio militar de emergência, o
Exército pode, se solicitado, "colaborar mais" dando como exemplos as
áreas de engenharia, apoio sanitário, alojamento, transportes,
abastecimentos e alimentação. O general respondia aos jornalistas
em conferência de imprensa na Unidade de Apoio Unidade Apoio Geral
Material do Exército (UAGME), em Benavente, Santarém, para fazer o ponto
da situação sobre a desativação dos paióis nacionais de Tancos, no
último dia do esvaziamento das instalações. Para robustecer o
apoio nestas áreas não são necessários mais efetivos, disse, mas sim
"fundamentalmente financiamento" na medida em que será necessário
comprar mais equipamento e recursos. "O céu é o limite", ironizou, dizendo que já foram feitas propostas concretas à tutela. Na
área de engenharia, sublinhou, tem sido feito "um trabalho
extraordinário ao longo de vários anos" com as máquinas de rasto que já
"têm muitos quilómetros em cima". "Nós podemos ter mais máquinas
de rasto e nessa altura podemos duplicar o apoio, é uma questão de nos
fornecerem as máquinas", disse. Na área da alimentação, Rovisco Duarte
disse que a companhia de reabastecimento de serviços, localizada na
Póvoa de Varzim, tem capacidade para alimentar um batalhão, entre 600 e
800 pessoas, com pequenas unidades de cozinha de campanha e poucos
militares, que podem chegar rapidamente aos locais. O Exército
criou no início do ano o Regimento de Apoio Militar de Emergência que
assegura diretamente com as unidades a coordenação dos apoios
solicitados pela Autoridade Nacional de Proteção Civil.