Executivo quer "forte compromisso social" para "quebrar ciclo de probreza"
Açores/Governo
4 de dez. de 2020, 18:50
— Lusa/AO Online
O
Governo Regional "garantirá a proteção social daqueles que se encontram
numa situação de especial fragilidade, promovendo as necessárias
respostas de apoio à infância, à juventude, aos idosos, à família,
pessoas com necessidades especiais, à invalidez e à reabilitação, à
pobreza e à exclusão social", lê-se no documento, entregue no
parlamento regional."Os Açores são uma
região marcada por desigualdades na distribuição de recursos e
oportunidades que têm como consequência os últimos lugares ao nível da
coesão económica e no maior risco de pobreza a nível nacional", aponta,
na área da Solidariedade Social, o programa do executivo formado por
PSD, CDS e PPM.Perante esta realidade,
prossegue o documento, "os Açores estão confrontados com a necessidade
de responder eficazmente à pobreza e à exclusão social, ao desafio
demográfico e ao envelhecimento progressivo" das populações, para que
"possamos percorrer um caminho de verdadeiro desenvolvimento
sustentável". O executivo açoriano
considera que o aumento da natalidade tem de ser "um objetivo central
das políticas públicas regionais", através de medidas concretas que
"reforcem os apoios às famílias, o aumento sustentado das prestações
sociais, bem como a disponibilização de respostas sociais que permitam a
conjugação da atividade profissional com o exercício da parentalidade".
Na área da Solidariedade Social, é
prioridade do executivo regional "rever e reforçar" o Plano Regional de
Combate à Pobreza, incorporando "medidas de monitorização e evolução dos
indicadores", para que sejam adequadas "à realidade social".O
executivo, segundo o documento, vai submeter à Assembleia Legislativa
uma iniciativa legislativa para "a fixação de um coeficiente de
sustentabilidade próprio para a Região Autónoma dos Açores, de forma a
permitir a diminuição da idade de reforma na região".O
Programa do XIII Governo dos Açores define como "objetivo estratégico,
durante a atual Legislatura, a criação de condições de desenvolvimento
económico e de promoção da inclusão social, laboral, de competências
pessoais, sociais e profissionais, quebrando o ciclo de pobreza" e,
desta forma "reduzir, através da inserção social e laboral o número de
beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI), em idade ativa,
com capacidade de trabalho".O objetivo é
também "aumentar a colaboração" dos beneficiários do RSI com "a
comunidade onde estão inseridos, no entendimento de que a concessão
deste apoio deve ter um caráter temporário, devendo a sua atribuição ser
fiscalizada, no cumprimento da lei", refere.Entre
as medidas que o Governo dos Açores se propõe a concretizar está também
a "atualização anual do Complemento Regional ao Abono de Família, do
Complemento Regional de Pensão para Idosos e do Complemento para a
Aquisição de Medicamentos pelos Idosos". Apoiar
"a criação de uma rede de respostas personalizadas de apoio à infância
em termos de mini-creches e amas" e "aumentar a majoração regional às
famílias de acolhimento de pessoas idosas", de forma "a criar condições
de alternativa à institucionalização", são outras das medidas.
O XIII Governo dos Açores vai revitalizar o Conselho Regional da
Segurança Social dos Açores, reestruturar a orgânica dos serviços da
Segurança Social nos Açores e a rever o Código de Ação Social da Região.
No âmbito das respostas aos idosos está,
por exemplo, entre outras medidas, a implementação de "um eficaz serviço
de apoio à distância às pessoas idosas que possam e queiram continuar a
viver nas suas próprias casas".