Exames nacionais começam hoje com quase 42 mil alunos a fazer prova de Português
6 de jul. de 2020, 07:14
— LUSA/AO online
Segundo números do Júri Nacional de Exames, na
primeira fase dos exames haverá mais de 151 mil alunos inscritos para
realizar 254.865 provas.Quase 42
mil alunos do 12.º ano vão hoje mostrar o que sabem a Português,
participando na primeira fase de um processo que só termina a 23 de
julho com a prova de Literatura Portuguesa dos alunos do 11.º ano.Comparativamente
com o ano anterior, regista-se uma diminuição de quase 90 mil provas,
devido às novas regras introduzidas por causa da pandemia de covid-19.O
Ministério da Educação (ME) decidiu que este ano as provas nacionais
não eram obrigatórias para a conclusão do secundário, passando a contar
apenas as classificações internas, ou seja, as notas atribuídas pelos
professores pelo trabalho realizado ao longo do ano.Por
isso, este ano, a maioria dos alunos (91%) participa exclusivamente com
o objetivo de concorrer ao ensino superior, em contraste com os dados
referentes ao ano passado, em que a maioria tinha em vista a aprovação
final do secundário.Ainda assim, pouco
mais de metade (55%) dos alunos inscritos nos exames nacionais tencionam
prosseguir estudos no ensino superior.Além de menos provas, também há menos alunos inscritos: são menos 8.310 estudantes em relação ao ano letivo 2018/2019.Português
deixa também de ser a prova mais realizada, uma vez que não será
obrigatória para todos os finalistas, contando com apenas 41.887
inscrições, em comparação com as mais de 77 mil do ano anterior.O
exame mais concorrido na primeira fase é Biologia e Geologia (44.047),
seguindo-se Física e Química A (42.269), Português e Matemática A
(38.669). Do ensino profissional chegam
apenas 558 matrículas, registando-se uma quebra de 208 em relação a
2019, uma vez que, este ano, foi criada uma nova via de acesso ao ensino
superior para estes estudantes, que passam a poder realizar exames
regionais, agendados para setembro.Este
ano, as duas fases dos exames tiveram de ser adiadas devido à pandemia
de covid-19, que obrigou a substituir as aulas presenciais pelo ensino à
distância prejudicando milhares de alunos com dificuldades de acesso às
aulas ‘online’.Para tentar compensar, o
ME decidiu que os alunos teriam mais três semanas de aulas e que, no
caso dos alunos do 11.º e 12. anos, voltariam às escolas para ter aulas
presenciais.