Ex-vice-presidente Pedro Calado diz que Governo da Madeira "fica melhor" com a sua saída
17 de ago. de 2021, 07:31
— Lusa/AO Online
“Este
Governo [Regional] não fica de forma nenhuma enfraquecido. Acho que
fica melhor do que estava antes. Digo isto com sinceridade: acho que
todo o Governo está mais do que preparado para dar continuidade ao
trabalho que fizemos” nos últimos quatro anos de governação PSD/CDS-PP,
afirmou Pedro Calado aos jornalistas.O
ex-governante falava após a cerimónia da tomada de posse do novo
secretário Regional das Finanças, Rogério Gouveia, que decorreu na
Assembleia Legislativa da Madeira.Sobre
Rogério Gouveia, o ex-vice-presidente do Governo madeirense disse ser
“um excelente técnico e profissional, conhecedor da máquina da
Administração Pública, os dossiês que estão agora em cima da mesa” e com
quem trabalhou nos últimos quatro anos.“Julgo
que o Governo está muito melhor agora e capacitado para dar
continuidade ao trabalho que estava a ser feito”, acrescentou.Pedro
Calado afirmou ainda que a vice-presidência – departamento do XIII
Governo Regional da Madeira que deixa de existir “por decisão do
presidente do executivo madeirense, Miguel Albuquerque” - tinha uma
concentração de poderes e responsabilidades que estavam sob a sua
coordenação e que foram agora distribuídos por outras secretarias
regionais.O XIII Governo Regional da Madeira passa a ser constituído por 10 secretarias regionais.Segundo
Pedro Calado, a parte da coordenação política e assuntos parlamentares
passa para o secretário Regional da Educação, Jorge Carvalho, que também
tutela a justiça.A
Administração dos Portos (APRAM) e a pasta do subsídio social de
mobilidade transitam para a secretaria da Economia (Rui Barreto) e a
Eletricidade da Madeira (EEM) para o secretário dos Equipamentos e
Infraestruturas (Rui Fino), acrescentou.Pedro
Calado salientou ainda a importância da criação de uma direção regional
dedicada à terceira idade e à rede de cuidados continuados na Madeira. Sobre
a sua exoneração, o antigo vice-presidente assegurou ser “uma decisão
irreversível” porque pretende “empenhar-se a 200% no projeto da Câmara
Municipal do Funchal”.“Para
isso, era necessário fechar este ciclo governativo, fechar a
responsabilidade que tinha com o Governo Regional e a partir de agora é
pensar só na Câmara Municipal do Funchal”, sublinhou Pedro Calado.Questionado
sobre a sua passagem pelo executivo insular, o ex-governante destacou o
trabalho da sua equipa, “que se se dedicou toda a 200%, encarando todos
os dias como se fosse o último, sempre a conquistar coisas novas,
resolver problemas, a deixar uma marca e cunho”.“Julgo que isso foi conseguido e estamos orgulhosos do trabalho que fizemos”, enfatizou.Pedro
Calado recordou ainda alguns dos objetivos que conseguiu concretizar,
como “uma importante redução dos impostos, a nível de pessoas singulares
e empresas”, “a redução da dívida bruta da região em quase 25%” e
ter-se “atingido prazos médios de pagamento na Administração Pública na
ordem dos 55 dias".Além
disso, continuou, “o setor empresarial está controlado, com bons
resultados”, foi implementado o subsídio social de mobilidade, marítima e
aérea, além do regime para o estudante insular nas viagens de avião,
reduziu-se o preço das viagens nos transportes terrestres, os apoios
sociais foram reforçados e houve uma nova dinâmica de investimentos
públicos no Porto Santo e investimentos efetuados em todos os concelhos
da região.Pedro
Calado, que é o cabeça de lista da coligação ‘Funchal Sempre à Frente’
(PSD/CDS-PP) nas eleições autárquicas de 26 de setembro, ocupava o cargo
de vice-presidente do XIII executivo regional desde 2017. A
coligação ‘Funchal Sempre à Frente’ tem por objetivo reconquistar a
Câmara Municipal do Funchal, que o PSD perdeu em 2013 para a coligação
Mudança (PS/BE/PND/MPT/PTP/PAN).Pedro
Calado, tem formação académica nas áreas de Estatística, Gestão de
Informação e de Empresas, foi gestor em empresas de vários setores de
atividades e tem experiência autárquica.Foi
vereador com o pelouro das Finanças quando integrou a equipa camarária
liderada pelo agora chefe do executivo madeirense, entre 2005 e 2012, e
vice-presidente de Miguel Albuquerque no município do Funchal (2012 e
2013).O
atual executivo camarário do Funchal, composto por 11 elementos, é
liderado pela coligação “Confiança” (PS/BE/PDR e Nós, Cidadãos!) que tem
seis vereadores, enquanto o PSD tem quatro elementos e o CDS-PP um.Nas
autárquicas de 2017, a coligação obteve 42,05% da votação do eleitorado
funchalense, representando 23.377 votos, o PSD reuniu 32,05% dos votos e
o CDS-PP 8,59%.