Ex-primeira-ministra belga Sophie Wilmès em cuidados intensivos
Covid-19
22 de out. de 2020, 10:49
— Lusa/AO Online
Em
declarações ao jornal belga Le Soir, o porta-voz da ministra afirmou
que o estado de Sophie Wilmès “está estável, mas precisa de um
enquadramento profissional” e que está a ser “cuidada por uma equipa de
enfermagem competente e atenciosa”.O atual
primeiro-ministro belga, Alexander de Croo, já reagiu à notícia através
da rede social Twitter, referindo que deseja “as melhoras” a Sophie
Wilmès, e sublinhando que “ninguém está imunizado contra este vírus
perigoso”.“Juntos, venceremos a covid-19”, afirmou De Croo.O
presidente do Conselho Europeu e também ex-primeiro-ministro belga,
Charles Michel, também desejou “de todo o coração, uma recuperação
rápida e boa” à ex-primeira-ministra belga. “Toda
a minha afeição e amizade a Sophie Wilmès, que liderou o combate
nacional contra a covid-19 e que agora tem de combatê-la pessoalmente”,
referiu Charles Michel na sua conta oficial do Twitter.A
ministra dos Negócios Estrangeiros tinha revelado, no passado sábado,
através de uma mensagem no Twitter, que tinha obtido um teste positivo
ao novo coronavírus, explicando que se tratava “provavelmente” de uma
contaminação ocorrida no seu “círculo familiar”, devido às “precauções
tomadas” fora de casa.“A multiplicação dos
casos lembra-nos que, infelizmente, ninguém é imune. Tomem conta de
vocês e, sobretudo, tomem conta dos outros”, tinha escrito Wilmès no
‘tweet’.Sophie Wilmès tem 45 anos e foi
primeira-ministra interina da Bélgica durante um ano, entre outubro de
2019 e outubro de 2020, após ter substituído Charles Michel aquando da
sua nomeação para presidente do Conselho da UE.Foi depois nomeada ministra dos Negócios Estrangeiros da atual legislatura, cargo que mantém até hoje.A
Bélgica registou 13.227 novos casos positivos para o novo coronavírus
nas últimas 24 horas, um recorde nacional desde o início da pandemia,
que apaga o declínio aparente de quarta-feira e aumenta para 75% a
subida média semanal.A incidência média
acumulada nos últimos 14 dias por 100.000 pessoas na Bélgica é de 927,9
casos, próxima dos 975,8 da República Checa, país da União Europeia (UE)
mais afetado pela segunda onda do novo coronavírus, de acordo com o
boletim de quarta-feira do Centro Europeu para Prevenção e Controlo de
Doenças.Nas últimas 24 horas, foram
registados 421 internamentos hospitalares na Bélgica, número que não era
alcançado desde o dia 10 de abril.