Ex-presidente IRN condenado e Miguel Macedo absolvido
4 de jan. de 2019, 14:04
— Lusa/AO Online
O ex-diretor do
SEF Jarmela Palos, que chegou a estar em prisão preventiva, foi
absolvido de um crime de corrupção passiva e dois de prevaricação, com o
juiz a referir que “o tribunal não teve quaisquer dúvidas”. Maria
Antónia Anes, ex-secretária do Ministério da Justiça, foi condenada a
quatro anos e quatro meses de prisão, com pena suspensa, por corrupção
ativa e passiva para a prática de ato ilícito.António
Figueiredo e Maria Antónia Anes foram ainda condenados à pena acessória
de suspensão de funções públicas por um período de três anos, que terá
em conta o tempo já cumprido.Num
processo em cujos 21 arguidos estavam pronunciados, no total, por 47
crimes económico-financeiros, nomeadamente corrupção ativa e passiva e
branqueamento de capitais - a maioria deles não provados em julgamento -
quase todos foram absolvidos.A
cinco dos arguidos – António Figueiredo, Jarmela Palos, Maria Antónia
Anes, o empresário Jaime Gomes e o chinês Zhu Xiaodong – foram aplicadas
medidas de coação privativas da liberdade. Em suma, entre os 21 arguidos foram condenados quatro: dois a pena suspensa e dois a multa.Numa
longa exposição oral, o juiz presidente Francisco Henriques criticou
várias vezes a acusação e a narrativa construída pelos procuradores do
Ministério Público, dado que a maioria dos arguidos estavam acusados em
coautoria. O
ex-ministro da Administração Interna, que se demitiu do cargo na
sequência do processo, foi absolvido de três crimes de prevaricação de
titular de cargo político e um crime de tráfico de influência. Os
empresários Zhu Xiong e o Zhu Baoe foram condenados por um crime de
tráfico de influências a 100 dias de multa a 15 euros por dia, num total
de 1.500 euros.
Os restantes arguidos, pessoas singulares e empresas foram absolvidos.
Da lista de arguidos singulares constam Paulo Lalanda de Castro, Eliseu
Bumba, a chinesa Xia Baoling, os funcionários do IRN Paulo Vieira, José
Manuel Gonçalves, Elisa Alves, Abílio Silva, bem como João Salgado da
Coimbra Editora e Fernando Pereira.As
empresas absolvidas do crime de corrupção e tráfico de influência são a
Lusomerap, Formalizze, Inteligente Life Solutions e JAG.