Ex-presidente da SATA diz que empresa está "no bom caminho" com nova frota
30 de out. de 2018, 10:03
— Lusa/AO Online
“Neste
momento já não estou na empresa, mas penso que a empresa está no bom
caminho” e “agora, com a nova frota, as coisas penso que vão ter um
caminho melhor”, afirmou o gestor na segunda-feira à noite aos
jornalistas, depois de ter sido ouvido na comissão eventual de inquérito
ao setor público empresarial regional, na delegação da Assembleia
Legislativa Regional dos Açores em Ponta Delgada.O
antigo responsável pela transportadora aérea açoriana afirmou que não
acha impossível que o grupo atinja resultados positivos em 2021, como
defendeu a secretária regional que tutela os transportes, já que a
empresa tinha “um plano que previa que, precisamente nessa altura”
estivesse com resultados positivos, mas ressalvou que devem ser feitas
“algumas retificações e correções na estrutura da própria empresa”.“Foi
indicado pelo novo presidente que haveria alterações e que estavam a
proceder a alterações orgânicas na empresa: tornar a empresa menos
horizontal e mais vertical”, disse.Sobre
o prejuízo de 41 milhões de euros no ano de 2017, o maior da história
do grupo SATA, Paulo Menezes lamenta “os incidentes que tiveram um
impacto muito grande nas contas”, lembrando que a transportadora teve,
“em determinada altura, com mais de 50% da frota inoperacional”.Esse
facto, explicou, “provocou imensos constrangimentos”, já que a empresa
teve que recorrer a “contratações externas para poder transportar os
passageiros, mas, simultaneamente, teve um impacto muito negativo na
imagem da empresa com consequências bastante graves para o futuro”.Ainda
assim, ressalva que “não foi esse, talvez, o maior fator” para os
resultados de 2017, apontando a necessidade de baixar as tarifas devido
não só ao “aumento da concorrência substancial que ocorreu nos Açores”,
como também a “uma recessão no início do ano de 2017 que provocou uma
redução substancial no número de passageiros transportados nesse
primeiro trimestre”.Paulo Menezes liderava o grupo SATA desde 2015, tendo sido substituído por António Teixeira em julho deste ano.