EUA suspendem voos de países da União Europeia a partir de sexta-feira
Covid-19
12 de mar. de 2020, 09:15
— Lusa/AO online
A medida entra em vigor sexta-feira e irá durar pelo menos 30 dias."Para
impedir que novos casos entrem em nosso país, suspenderei todas as
viagens da Europa para os Estados Unidos pelos próximos 30 dias", disse o
Presidente durante um discurso proferido na Sala Oval.Os Estados Unidos registavam na quarta-feira 38 mortos e mais de 1.300 casos de infeção.Trump
fez o anúncio durante um raro discurso na Sala Oval dirigido à nação,
depois de vários dias em que procurou minimizar a ameaça, culpando a
Europa por não agir com rapidez suficiente para lidar com o novo
coronavírus e alegando que os casos registados nos EUA foram "semeados"
por viajantes europeus."Avançámos com
ações antecipadas contra a China que salvaram vidas", disse Trump.
"Agora devemos tomar a mesma ação com a Europa", acrescentou.Trump disse que as restrições não se aplicarão ao Reino Unido e à carga.Autoridades
da Segurança Interna esclareceram mais tarde que as novas restrições de
viagens se aplicariam apenas à maioria dos estrangeiros que estiveram
no Espaço Schengen 14 dias antes da chegada programada aos Estados
Unidos.Os países signatários do Acordo de
Shengen, a partir do qual os territórios permitem a livre circulação de
pessoas, são os seguintes: Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca,
Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, França, Finlândia, Grécia,
Hungria, Islândia, Itália, Letónia, Lituânia , Luxemburgo,
Liechtenstein, Malta, Noruega, Holanda, Polónia, Portugal, República
Checa, Suécia e Suíça.A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.300 mortos em 28 países e territórios.O
número de infetados ultrapassou as 120 mil pessoas, com casos
registados em 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 59
casos confirmados.Face ao avanço da
epidemia, vários países têm adotado medidas excecionais, incluindo o
regime de quarentena inicialmente decretado pela China na zona do surto.A
Itália é o caso mais grave depois da China, com mais de 10.000
infetados e pelo menos 631 mortos, o que levou o Governo a decretar a
quarentena em todo o país. Espanha e França são os outros países
europeus mais afetados, com mais de dois mil infetados e cerca de meia
centena de mortos em cada um dos territórios.