EUA pressiona europeus para desistirem de ativos congelados russos
Ucrânia
Hoje 16:56
— Lusa/AO Online
“Sete países já não apoiam publicamente esta ideia", afirmou, sob anonimato, a fonte ucraniana à AFP.A
mesma fonte referiu que o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, vai
estar na quinta-feira em Bruxelas, com o objetivo de persuadir os
líderes do Conselho Europeu, que estão reunidos no mesmo dia.O
chanceler alemão voltou hoje a pedir aos seus pares europeus que
utilizem os ativos russos na reunião do Conselho que deverá adotar uma
decisão sobre o assunto."A pressão sobre
[o Presidente russo, Vladimir] Putin deve aumentar ainda mais para que
se possa negociar a sério, e é por isso que precisamos da decisão dos
chefes de estado e de governo europeus", defendeu Friedrich Merz junto
dos deputados aos alemães em Berlim, antes de partir para Bruxelas.Segundo
o líder alemão, “Trata-se, obviamente, de ajudar a Ucrânia, mas também
de enviar um sinal claro à Rússia” de que os países europeus usarão os
meios ao seu dispor para pôr fim à guerra. Os
líderes dos estados-membros da União Europeia reúnem-se a partir de
quinta -feira em Bruxelas para discutir o apoio financeiro à Ucrânia
para se defender da invasão russa nos próximos dois. A
presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, está a promover
um plano para destinar os ativos russos a um empréstimo de 90 mil
milhões de euros a Kiev nos próximos dois anos, mas esta iniciativa
enfrenta forte oposição da Bélgica, onde se encontra a maior parte dos
fundos.Bruxelas teme represálias russas ou
ser o único país a suportar o peso das consequências, sobretudo em caso
de ação judicial pela utilização dos fundos que foram congelados no
âmbito das sanções ocidentais aplicadas a Moscovo desde o início da sua
invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022.A
administração norte-americana intensificou nas últimas semanas as
negociações de um acordo de paz entre Moscovo e Kiev mais os seus
aliados europeus, a partir de um plano que, na sua versão inicial,
correspondia a várias das exigências do Kremlin.As
partes continuam longe de um entendimento, sobretudo devido à recusa de
concessões territoriais da Ucrânia à Rússia, e também às garantias de
segurança internacionais a Kiev para prevenir uma nova agressão de
Moscovo em caso de um acordo.