EUA não têm pistas sobre paradeiro de Bin Laden desde 2005

24 de dez. de 2007, 14:32 — Lusa/AO

Em declarações ao New York Times, um alto funcionário militar afirma que os Estados Unidos não têm pistas concretas sobre o paradeiro do líder terrorista há dois anos.     Por seu turno, funcionários dos serviços secretos afirmaram também ao jornal que é "bastante provável" que o líder terrorista ainda esteja livre quando o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, deixar o cargo, em Janeiro de 2009.     Uma situação que o jornal considera "muito desfavorável" para George W. Bush, que está prestes a iniciar o último ano do seu mandato.     Citando fontes dos serviços secretos e do Pentágono, o jornal afirma que a campanha contra o terrorismo empreendida pelas forças de segurança do Paquistão - que receberam 3,4 mil milhões de euros nos últimos seis anos -, se tem mostrado "pouco eficaz".     De acordo com o jornal, o dinheiro investido nas forças de segurança do Paquistão, que deveria ter sido utilizado para financiar a guerra contra o terrorismo, acabou por ser utilizados no combate com a Índia.     Os soldados destacados nas zonas tribais na fronteira entre o Paquistão e o Afeganistão não têm equipamentos básicos, como botas e munições.     "A situação nas zonas tribais [do Paquistão] parece piorar e não melhorar (…) Dar dinheiro e pedir que [as forças paquistaneses] lutem contra a Al Qaeda e os talibans não está a dar resultado", disse ao jornal americano o senador democrata da Comissão sobre as Forças Armadas, Jack Reed.     Em Setembro de 2005, um responsável militar norte-americano no Afeganistão afirmou que Bin Laden estava doente e a tentar receber tratamento.     Anteriormente, responsáveis paquistaneses tinham indicado que ele sofria de problemas renais e deveria ser regularmente submetido a hemodiálise.     Em 2002, a sua morte foi anunciada três vezes e desmentida em seguida por imagens de vídeo transmitidas pela estação de televisão do Qatar, Al-Jazira.