#EstudoEmCasa regressa para o próximo ano letivo com aulas até ao 12.º ano
10 de set. de 2020, 12:28
— Lusa/AO Online
A informação foi apresentada pelo
ministro da Educação e pelo presidente da RTP, numa conferência de
imprensa conjunta na sede da estação pública, em Lisboa.No
primeiro mês do ano letivo, já a partir de dia 14 de setembro, os
alunos vão poder voltar a assistir na RTP Memória às aulas transmitidas
durante o 3.º período, para acompanhar o trabalho de consolidação de
aprendizagens que será feito nas escolas. As aulas novas começam a ser
transmitidas no canal em 19 de outubro.Nos
primeiros meses do #EstudoEmCasa, criado pelo Ministério da Educação em
parceira com a RTP no âmbito da pandemia de covid-19, só foram gravadas
aulas para o ensino básico, do 1.º ao 9.º ano de escolaridade. A partir
deste ano, os estúdios da RTP vão passar a receber também os
professores do secundário, mas para já estas aulas só vão ser
disponibilizadas na plataforma 'online' da RTP Play. Para os restantes níveis de ensino, as aulas podem ser acompanhadas na RTP Memória, tal como aconteceu no 3.º ano.Outra
das novidades é a separação dos conteúdos do 1.º e 2.º anos, que no ano
passado tinham aulas conjuntas, uma alteração que o ministro da
Educação considerou importante, uma vez que "as crianças do 1.º ano têm
outro tipo de vicissitudes e necessidades". No
próximo ano vai haver também um novo bloco de conteúdos
não-curriculares, dedicado à organização do trabalho autónomo, que os
três meses de ensino mostraram ser, na opinião do ministro, tão
importante.O #EstudoEmCasa foi para o ar
em 20 de abril, numa altura em que as escolas estavam encerradas e os
alunos tinham aulas ‘online’, com o objetivo de servir como um recurso
complementar e ajudar a minimizar as dificuldades de muitos estudantes
no acesso ao ensino a distância.No
entanto, a proposta da RTP é que este projeto vá além do contexto da
pandemia e que os conteúdos educativos se tornem permanentes na
programação. “Aquilo que é criado numa
situação de emergência, mas tem méritos permanentes, merece ser
continuado e merece ser tornado uma parte constante da oferta da RTP”,
sublinhou o presidente da estação, Gonçalo Reis.Também
para o ministro da Educação, esta ferramenta é uma mais-valia, que
ultrapassa o contexto atual da pandemia da covid-19 e o ensino a
distância e que servirá, sobretudo, para “coadjuvar o ensino
presencial”.“É importante que cada vez
mais se produza um conjunto de recursos educativos, que possam passar na
televisão, que possam ser multiplataforma, e o que aqui estamos a fazer
é isso mesmo, que o #EstudoEmCasa perdure no tempo”, sublinhou o
ministro.Tiago Brandão Rodrigues
reconheceu, no entanto, que, não sendo uma solução “de recurso”, estas
aulas fazem parte de uma solução “que segue o curso do
ensino-aprendizagem” e, por isso, poderão ser utilizadas em regime misto
ou a distância, ainda que o presencial deva ser, sempre que possível, a
regra.A grelha do #EstudoEmCasa na RTP
Memória, que no próximo ano também vai ter transmissão de alguns blocos
na RTP Internacional, ainda não é conhecida, mas as aulas do ensino
básico deverão ocupar o canal entre as 09h00 e as 16h30.